E aí, pessoal! Hoje vou contar um pouco da minha experiência montando uma bike com um quadro Scott 29. Sabe como é, né? A gente vai ficando mais velho, mas a vontade de mexer nas coisas, de montar, desmontar, isso não passa.
A decisão e a busca pelo quadro
Tudo começou porque minha bike antiga já estava pedindo arrego. Era uma 26 já bem rodada. Pensei: por que não montar uma 29 do meu jeito? Pesquisei um bocado, vi um monte de quadro por aí. Uns caros demais, outros pareciam frágeis. Acabei tropeçando nesse Scott 29. Não era o top de linha, mas parecia honesto, sabe? Um quadro robusto, com uma geometria que me agradou no papel.
Comprei o danado. Chegou em casa, aquela caixa grande. Abri com cuidado, tirei o quadro. Primeira impressão foi boa. Leve, mas passava confiança. Dei umas batidinhas, olhei as soldas, tudo parecia no lugar.
Mãos à obra: a montagem
Aí começou a parte divertida, e também a mais chata: juntar as peças. Rapaz, que trabalheira! Eu queria montar com umas peças específicas que tinha em mente, nem tudo caro, mas coisa que eu confiava.
- Rodas: Achei um par de rodas 29 usadas, mas em bom estado. Tive que revisar os cubos, alinhar direitinho. Deu um trampo.
- Suspensão: Essa foi uma novela. Achar uma suspensão boa, com a espiga do tamanho certo, e que não custasse um rim. Acabei pegando uma usada também, fiz a manutenção em casa mesmo.
- Grupo (câmbios, pedivela, etc.): Optei por um grupo que já conhecia, nada de muita frescura eletrônica. Montar o movimento central foi tranquilo, mas ajustar os câmbios sempre exige aquela paciência de Jó.
- Freios: Freio a disco hidráulico, claro. Sangrar os freios é sempre aquela meleca de óleo, mas tem que fazer, né?
A parte de passar os cabos por dentro do quadro… nossa senhora! Fiquei um tempão com arame, guia, tentando pescar os conduítes. Quase desisti e passei por fora mesmo. Mas aí respirei fundo, lembrei da oficina do meu pai, ele sempre dizia “paciência resolve mais que força”. E não é que resolveu?
Aperta aqui, ajusta ali, confere o torque dos parafusos… Aos poucos, a bicicleta foi tomando forma em cima do cavalete. É uma sensação muito boa ver o projeto saindo do papel, ou melhor, da caixa.
O resultado e as primeiras pedaladas
Finalmente pronta! Ficou bonita a danada. Preta, discreta, do jeito que eu gosto. Limpei tudo, lubrifiquei a corrente e fui dar a primeira volta, ali no bairro mesmo.
Que diferença pra minha antiga 26! A roda maior passa pelos buracos com mais facilidade, a bike embala mais na reta. A geometria do quadro Scott 29 se mostrou bem acertada mesmo. A bike ficou ágil nas curvas, responde bem quando você força no pedal pra subir. Não é uma bike de competição, claro, mas pro meu uso, pra trilha leve, estradão de terra, ficou perfeita.
A posição de pilotagem ficou confortável depois de uns ajustes no selim e guidão. Senti que a bike ficou bem equilibrada.
Valeu a pena?
Olha, pra mim, valeu cada centavo e cada gota de suor. O quadro Scott 29 se mostrou uma base muito boa. É forte, confiável e permitiu montar uma bike bem legal sem gastar uma fortuna. Se você tá pensando em montar sua própria bike e não quer o quadro mais caro do mercado, mas algo que aguente o tranco, pode dar uma olhada nesse tipo de quadro.
O processo de montar é trabalhoso, exige ferramenta, um pouco de conhecimento e, principalmente, paciência. Mas a satisfação de pedalar algo que você mesmo montou, peça por peça, ah, isso não tem preço. Fica aí a dica da minha experiência!
