Então, hoje eu queria falar um pouco sobre uma coisa que andei testando, um tal de Harris Carlston. Não sei se vocês já ouviram falar, mas um dia desses topei com esse nome, acho que foi num fórum antigo, nem lembro direito.
A galera falava de umas ideias dele sobre como organizar a vida, sabe? Simplificar as coisas. Fiquei curioso, porque minha rotina estava uma bagunça, parecia que eu corria o dia todo e não fazia nada direito. Aí fui atrás pra ver qual era a desse Carlston.
Minha Primeira Tentativa
Descobri que uma das paradas que ele mais batia na tecla era sobre focar numa coisa de cada vez, mas de um jeito meio diferente. Ele chamava, pelo que entendi, de “caixa de foco” ou algo assim. A ideia era pegar a tarefa mais chata ou mais importante do dia e colocar ela numa “caixa” imaginária. Você só podia sair dessa caixa depois de terminar.
Pensei: “Ah, beleza, parece fácil”. Separei a manhã seguinte pra testar. A tarefa era organizar uns documentos velhos que estavam empilhados aqui. Coisa chata pra caramba.
Comecei bem:
- Desliguei o celular (ou tentei, botei no silencioso).
- Fechei as abas inúteis no computador.
- Peguei a pilha de papel.
Nos primeiros dez minutos, foi tranquilo. Tava lá, separando, etiquetando. Mas aí começou… A mente começou a voar. Lembrei que precisava responder um e-mail. Olhei pro celular “só pra ver a hora” e vi uma notificação. A “caixa de foco” do Carlston começou a parecer mais uma jaula.
A Realidade Bateu
Cara, não aguentei meia hora. Me senti um fracasso. Pensei: “Esse tal de Carlston devia viver numa bolha, só pode”. Pra mim, a vida real não funciona assim. Sempre tem uma interrupção, uma urgência (ou o que a gente acha que é urgência), a cabeça que não para.
Fiquei frustrado uns dias. Quase joguei a toalha e mandei o Carlston e as ideias dele pro espaço. Pô, parecia tão promissor lendo, mas na prática…
Ajustando o Método Carlston
Depois de esfriar a cabeça, pensei melhor. Talvez o problema não fosse o Carlston, mas o jeito que eu tentei aplicar. Ninguém vira mestre do foco da noite pro dia. Decidi tentar de novo, mas com ajustes.
O que eu mudei:
- Caixas menores: Em vez de tentar ficar horas focado, comecei com blocos de 25 minutos. Usava o timer do celular mesmo. Deu os 25 minutos? Uma pausa rápida, aí voltava pra mais um bloco se precisasse.
- Menos rigidez: Se algo URGENTE aparecesse (urgente de verdade, não a minha ansiedade falando), eu pausava a “caixa”, resolvia e depois voltava. Sem culpa.
- Preparação: Antes de entrar na “caixa”, eu tentava deixar tudo mais ou menos pronto. Água? Café? Documentos necessários? Tudo à mão pra evitar levantar.
O Que Rolou no Final?
Olha, não virei um monge zen budista do foco. Ainda me distraio, ainda procrastino às vezes. Mas essa ideia adaptada do Harris Carlston, essa “caixinha de foco” do meu jeito, me ajudou bastante.
Percebi que o importante não era seguir à risca o que o cara falou sei lá quando, mas pegar a essência e fazer funcionar pra mim. Hoje consigo terminar tarefas chatas com mais frequência. Não é perfeito, mas é bem melhor que antes.
Então, essa foi minha aventura com o tal Harris Carlston. Uma jornada meio torta, com tropeços, mas que no fim das contas, trouxe alguma coisa boa pra minha rotina.