Olha, vou contar pra vocês como foi essa minha aventura com a tal da maquina de limpar bico. Já fazia um tempo que meu carro andava meio esquisito, sabe? Gastando mais gasolina que o normal, umas engasgadas chatas na lenta, parecia que não tinha a mesma força de antes. Aquilo começou a me incomodar.
Primeiro, pensei: “Ah, levo na oficina e pronto”. Mas aí você já sabe, né? Oficina hoje em dia não é barato, e eu gosto de tentar resolver as coisas eu mesmo, quando dá. Fui pesquisar sobre limpeza de bico injetor. Vi um monte de vídeo, li uns artigos por aí. Descobri que tinha essas máquinas que fazem o serviço completo: limpam com ultrassom, testam a vazão, o leque de spray, tudo.
Decidindo e Procurando a Máquina
Fiquei com aquilo na cabeça. Pensei: “Será que vale a pena comprar uma?”. Comecei a procurar os preços. Novas eram bem caras pro meu bolso. Aí comecei a caçar umas usadas. Garimpei em site de venda, grupo de mecânica, perguntei pra uns conhecidos. Demorou um pouco, mas achei uma! Um cara tava passando pra frente uma máquina que parecia boa, um modelo mais antigo, mas que fazia o serviço. Negociei um preço que achei justo e fui buscar.
Chegou o dia, fui lá pegar a geringonça. Pesada ela, viu? Trouxe pra casa, coloquei na minha bancada improvisada na garagem. Olhei pra ela, aquele monte de botão, visor, mangueirinha… Confesso que deu um frio na barriga. Pensei: “Será que vou saber mexer nisso?”.
Colocando a Mão na Massa
Primeiro passo: tirar os bicos injetores do carro. Isso já foi um capítulo à parte. Tem que desconectar a flauta, soltar os parafusos com cuidado, puxar os bicos… Saiu um pouco de gasolina, fez aquela sujeirada básica. Mas consegui tirar os quatro.
Aí fui pra máquina. Tive que dar uma lida rápida no manual pra entender qual adaptador usar pra cada bico, onde ligar as mangueiras, onde colocar o líquido de limpeza. Usei um produto específico pra isso que comprei junto.

Conectei os bicos na máquina. A primeira etapa foi a limpeza por ultrassom. Coloquei eles mergulhados no líquido dentro de uma cuba e liguei. A máquina ficou lá, zumbindo, vibrando por um bom tempo. Dizem que isso solta a sujeira interna.
Depois da limpeza, veio a parte dos testes. Foi bem interessante ver isso:
- Teste de Estanqueidade: Pra ver se não ficava vazando quando fechado. Os meus estavam ok nisso.
- Teste de Vazão: Esse foi revelador! Coloquei os tubinhos graduados (as provetas) e liguei a máquina pra simular o motor funcionando. Deu pra ver na hora que um dos bicos estava injetando bem menos combustível que os outros três. Tava bem desregulado!
- Teste do Leque (Spray): Liguei de novo pra ver como o combustível era pulverizado. Três formavam um leque bonito, bem aberto. Mas aquele bico que estava com vazão baixa também tinha um spray meio torto, não pulverizava direito. Aha! Achei o problema!
Refiz a limpeza mais uma vez, focando naquele bico problemático. Depois testei a vazão e o leque de novo. E não é que melhorou? A vazão ficou bem mais parecida com a dos outros, e o spray ficou mais uniforme. Não ficou 100% igual, mas a diferença era mínima agora.
Resultado Final e Conclusão
Com os bicos limpos e testados, o trabalho foi montar tudo de volta no carro. Deu um certo trabalho alinhar tudo de novo, apertar os parafusos, conectar os plugs. Mas foi mais rápido que desmontar.
Terminei a montagem, conferi tudo umas três vezes. Coração na mão, virei a chave… O motor pegou de primeira! Deixei esquentar um pouco. A marcha lenta? Lisinha! Sem aquelas tremidas de antes. Dei umas aceleradas, a resposta parecia mais rápida.
Fui dar uma volta no quarteirão. Cara, que diferença! O carro ficou mais esperto, as engasgadas sumiram. Parece que até o barulho do motor ficou mais “redondo”.
No fim das contas, valeu muito a pena ter comprado a máquina e feito eu mesmo. Deu trabalho? Sim, levou um dia inteiro entre desmontar, limpar, testar e montar. Gastei com a máquina (mesmo usada) e com o líquido. Mas economizei uma boa grana de mão de obra da oficina, aprendi muito sobre como os bicos funcionam e, o melhor de tudo, resolvi o problema do meu carro com as minhas próprias mãos. E agora tenho a ferramenta aqui, né? Se precisar de novo pra esse carro ou pra outro, já sei o caminho das pedras.