Olha, falar de tenista francês sempre me traz uma lembrança engraçada, de quando eu tentei inventar moda aqui em casa, sabe?

Eu sempre via aqueles caras, tipo Monfils, jogando com um estilo diferente, cheio de firula, às vezes genial, às vezes nem tanto. Tinha uma época que eu cismei que precisava trazer essa “criatividade” pro meu dia a dia, mais especificamente, na cozinha. Coisa boba, né? Mas botei na cabeça.
A Tentativa do “Chef Francês”
Eu cozinho o básico, feijão com arroz, um bife, nada demais. Mas aí vi um documentário qualquer, misturei com as lembranças desses tenistas e pensei: vou fazer diferente! Chega de seguir receita à risca. Vou no improviso, no “feeling”, igual esses caras na quadra.
O que aconteceu?
- Primeiro dia: Fui fazer um macarrão. Joguei uns temperos aleatórios que achei na hora, umas ervas que nem sabia o nome direito. Ficou… exótico. Pra não dizer ruim. Minha esposa olhou pra minha cara e só disse “interessante”.
- Segundo dia: Tentei um frango assado. Resolvi inventar uma marinada “estilosa”. Misturei laranja, um resto de vinho branco, pimenta que achei forte demais. A casa ficou cheirando estranho e o frango ficou seco por fora e meio cru por dentro. Desastre.
- Terceiro dia: Desisti do salgado, fui pro doce. Um bolo. Pensei “ah, bolo é fácil, vou dar meu toque”. Troquei a quantidade de açúcar, coloquei um ingrediente “surpresa”. O bolo não cresceu. Virou uma sola de sapato doce.
A Lição Aprendida
Depois do bolo-sola, eu sentei na cozinha e fiquei pensando. Aquela minha vontade de ser “criativo” e “imprevisível” igual via, ou achava que via, nos jogos desses franceses, não funcionava ali. Uma coisa é ter o talento e a base pra poder improvisar na hora H, outra coisa é ser só bagunçado mesmo.
Percebi que, antes de querer fazer a firula, o básico precisa estar muito bem feito. O arroz e feijão precisam estar no ponto. A técnica, mesmo que simples, precisa estar dominada. Só depois, quem sabe, você arrisca um improviso.

Hoje em dia? Voltei pro meu arroz com feijão bem temperadinho, pro meu bife no ponto certo. Sem invenção. Funciona que é uma beleza. Aquela fase de “tenista francês” na cozinha ficou só na lembrança engraçada mesmo. Aprendi que o simples bem feito, na maioria das vezes, ganha de qualquer improviso maluco.