Olha, falando desse negócio de “peak olimpiadas”, me veio na cabeça uma época da minha vida que foi bem intensa, sabe? Não era Olimpíada de verdade, claro, mas pra mim, foi o meu auge, minha provação pessoal.

Tudo começou quando eu decidi que ia participar de uma corrida de rua aqui da cidade. Parecia simples no começo, né? Só botar um tênis e sair correndo. Mas aí eu pensei: “Não, dessa vez vou fazer direito, vou treinar pra valer, pra sentir aquele gostinho de superação”. Foi aí que começou minha “olimpíada” particular.
O Começo da Jornada
Primeira coisa: compromisso. Eu me propus a seguir um plano. Acordar cedo, faça chuva ou faça sol. No início, foi um sufoco danado. O corpo doía, a preguiça batia forte, principalmente naqueles dias frios ou quando chovia sem parar.
Eu comecei devagarzinho, correndo uns poucos quilômetros, misturando com caminhada. Aos poucos, fui pegando o ritmo. Lembro que a primeira vez que consegui correr 5 quilômetros sem parar, senti uma alegria enorme. Parecia que tinha ganhado uma medalha já!
A Rotina Puxada
Aí a coisa foi ficando séria. Pra chegar no meu “peak”, eu sabia que precisava de mais. A rotina ficou assim:
- Corridas longas: Uma vez por semana, geralmente no sábado ou domingo, eu aumentava a distância. Cheguei a correr distâncias que nunca imaginei na vida.
- Treinos de velocidade: Durante a semana, fazia treinos mais curtos, mas bem mais rápidos, pra ganhar explosão. Era sofrido, o coração parecia que ia sair pela boca.
- Descanso e alimentação: Aprendi na marra que não adiantava só correr. Tinha que dormir bem, comer de forma mais regrada. Cortei um monte de besteira que eu comia. Isso foi difícil também!
Teve dias que eu pensei em desistir. Lembro de uma vez que estava chovendo muito, ventando, e eu tinha um treino longo pra fazer. Fiquei parado na porta, pensando: “Que loucura é essa?”. Mas aí vinha aquela voz interna: “Você se comprometeu, vai lá!”. E eu ia. Voltava ensopado, cansado, mas com a sensação de dever cumprido.

O Grande Dia e o “Peak”
Finalmente, chegou o dia da corrida. Aquele monte de gente, a música alta, a adrenalina… Eu estava nervoso, claro, mas também muito focado. Tinha treinado pra aquilo.
Durante a prova, passei por vários momentos. Teve a euforia da largada, o cansaço no meio do percurso, a vontade de parar quando as pernas pesaram. Mas eu lembrava de cada treino difícil, de cada manhã que levantei cedo. Aquilo me deu força.
Cruzar a linha de chegada foi a minha medalha de ouro. Não importa a posição, o tempo exato. O que importou foi ter chegado lá, ter passado por todo o processo. Aquele momento, pra mim, foi o meu “peak olimpiadas”. Foi a prova de que, com esforço e dedicação, a gente consegue ir além do que imagina.
Depois disso, continuei correndo, mas aquela preparação intensa, aquele foco total, foi uma experiência única. Me ensinou muito sobre disciplina, sobre conhecer meus limites e, principalmente, sobre como superar eles.