E aí, galera! Hoje vou compartilhar um pouco da minha saga com a tal da “seleção paraguaia”. Não, não é sobre futebol, hahaha! É sobre um projeto que me deu um baile, mas no final das contas, aprendi um monte.
Tudo começou quando me pediram para fazer um sistema que “selecionasse” uns dados específicos de um arquivo gigante. Tipo assim, o arquivo era ENORME, sabe? Coisa de travar qualquer Excel da vida. A ideia era pegar só as linhas que me interessavam, baseadas em uns critérios meio malucos que me passaram.
Primeiro, tentei a solução “fácil”: joguei o arquivo no Pandas (biblioteca do Python) e mandei bala com uns filtros. Resultado? O computador quase explodiu! Demorava séculos pra carregar o arquivo, e a memória ia pro espaço. Desisti na hora.
Aí, comecei a pensar numa solução mais esperta. Lembrei de uns scripts antigos que usavam `grep` no Linux para filtrar texto. Pensei: “Por que não fazer algo parecido em Python?”.
Mãos à obra! Comecei a escrever um script que lia o arquivo linha por linha, sem precisar carregar tudo na memória. Para cada linha, eu verificava se ela atendia aos critérios de seleção. Se sim, salvava num arquivo novo. Senão, pulava pra próxima.
O código ficou meio grandinho, com uns `if` dentro de `if` pra checar todas as condições. Usei expressões regulares pra facilitar a vida, porque os critérios eram bem chatinhos. Tipo, “a linha tem que começar com ‘ABC’, ter um número de telefone no meio e não pode ter a palavra ‘banana’ no final”. Uma loucura!
Depois de umas boas horas de debug, o script começou a funcionar. Rodei no arquivo gigante e… BINGO! Em poucos minutos, ele me entregou o arquivo filtrado, prontinho pra ser usado. Fiquei todo orgulhoso!
Mas a história não acaba aí…
No dia seguinte, me pediram pra adicionar mais uns critérios de seleção, ainda mais complicados. Quase chorei! O código já estava uma bagunça, cheio de `if` aninhados. Tentar adicionar mais condições ali ia ser um pesadelo.
Foi aí que tive um clique. Lembrei de umas aulas de programação funcional que tive na faculdade (faz tempo, viu?). Pensei: “Por que não transformar cada critério de seleção numa função separada? Assim, fica mais fácil de entender e de adicionar novos critérios depois”.
Refatorei o código todo. Criei uma função pra cada critério de seleção: `comeca_com_abc(linha)`, `tem_telefone(linha)`, `nao_tem_banana(linha)`, e assim por diante. Depois, criei uma função principal que aplicava todas essas funções em cada linha do arquivo.
Adivinha? Ficou MUITO melhor! O código ficou mais limpo, mais fácil de ler e de dar manutenção. E o melhor de tudo: adicionar novos critérios virou moleza. Era só criar uma nova função e adicioná-la na lista de funções a serem aplicadas.
- Aprendi que nem sempre a solução mais “fácil” é a melhor. Usar o Pandas seria a solução óbvia, mas não funcionou pro tamanho do arquivo.
- Aprendi que quebrar um problema grande em problemas menores facilita muito a vida. A refatoração do código usando funções separadas foi a chave pra deixar o projeto mais gerenciável.
- Aprendi que vale a pena revisitar conceitos antigos. A programação funcional, que eu tinha meio esquecido, me salvou nesse projeto.
No final das contas, a “seleção paraguaia” virou um case de sucesso. O sistema funciona super bem, é fácil de manter e de adicionar novas funcionalidades. E eu aprendi um monte no processo! Espero que essa história inspire vocês a não desistirem quando o problema parecer grande demais. Às vezes, a solução está mais perto do que a gente imagina.