Olha, hoje eu queria bater um papo sobre aquela tal de “fórmula g” que um pessoal andou falando uns tempos atrás. Não sei se vocês chegaram a ver isso, mas pintaram como se fosse a solução pra tudo, né?
Minha Saga com a tal “Fórmula G”
Na época, eu tava numa empresa que, nossa senhora… Cada hora aparecia uma moda nova que algum chefe via numa palestra e queria implementar pra ontem. E a “fórmula g” foi uma dessas. Chegou o diretor de tecnologia novo, todo empolgado, falando que essa “fórmula g” ia revolucionar nosso jeito de organizar os projetos, que ia deixar tudo mais rápido, mais fácil, aquela conversa de sempre.
No papel, parecia bonito. A ideia era ter um jeito super padronizado pra gente lidar com… bom, com quase tudo. Desde como a gente escrevia o código até como organizava os arquivos e até a comunicação entre as equipes. Uma “fórmula mágica” mesmo.
Aí começou a prática…
A gente pegou um projeto novo, de um cliente importante, pra testar a tal fórmula. No começo, até que foi. Coisa pequena, tudo se encaixava. Mas, meu amigo, quando o projeto começou a crescer… Virou um inferno.
- Tudo era engessado demais. Qualquer coisinha fora do padrão da “fórmula g” dava um trabalho absurdo.
- Debugar? Nossa, era um pesadelo. A lógica ficava tão amarrada nessa fórmula que achar um erro era como procurar agulha num palheiro.
- Gente nova no time? Levava semanas pra pessoa entender a bendita fórmula, porque não era nada intuitiva. Era um monte de regra que só complicava.
O que era pra ser rápido virou lento. O que era pra ser simples ficou complicado. A gente gastava mais tempo brigando com a “fórmula g” do que resolvendo o problema do cliente. No final das contas, tivemos que jogar um monte de coisa fora e refazer. Tempo e dinheiro jogados no lixo.
Mas por que eu tô contando isso com essa raiva toda?
É que essa história da “fórmula g” me lembra muito bem aquela fase da minha vida. Foi logo depois que minha filha nasceu. Eu tava virando noite direto no trabalho por causa desse projeto e da pressão desse diretor novo. Lembro de um dia que cheguei em casa, era aniversário de um mês da pequena, e eu tava tão moído, tão estressado com as regras sem sentido daquela “fórmula g”, que eu só consegui dar um beijo nela dormindo e capotei na cama.
Nessa empresa, era muito assim: vinha uma ordem de cima, ninguém perguntava pra equipe se fazia sentido, se era viável. A gente só tinha que engolir e fazer. E essa “fórmula g” foi a gota d’água pra mim. Pouco tempo depois eu pedi as contas. Não dava mais pra viver naquele ritmo, naquela pressão, implementando coisa que a gente via que não ia dar certo só porque alguém decidiu.
Fui pra outro lugar, um ambiente mais tranquilo, onde a gente conversava mais sobre as decisões técnicas. E quer saber? Nunca mais ouvi falar da tal “fórmula g”. Acho que, como toda modinha, ela veio, fez um estrago e sumiu.
Então, fica aí meu relato. Às vezes, essas “fórmulas mágicas” que aparecem por aí são só isso mesmo: mágica pra quem vende a ideia, mas um truque bem sem graça pra quem tem que fazer acontecer no dia a dia.