Então, gente, hoje me peguei pensando naquela expressão, “aberto de Roma”. Não sei bem de onde veio, talvez tenha lido em algum lugar, mas me levou pra uma viagem no tempo, uma história minha mesmo.

Lembrei de uma vez, anos atrás, que eu tava tentando resolver uma pendenga com um parente que morava na Itália, lá perto de Roma. Era uma coisa de documento, sabe? Uma papelada que não acabava mais. Eu aqui no Brasil, ele lá, e a comunicação… nossa senhora, era um parto.
A Saga do Documento Italiano
Eu precisava de um documento específico, que só saía num órgão público lá. Tentei ligar, mandei e-mail, pedi pra esse parente ir lá. Nada. Parecia que tudo estava sempre “fechado”, mesmo quando diziam que estava “aberto”.
Primeira tentativa: Liguei umas dez vezes. Ou dava ocupado, ou chamava até cair, ou atendiam e falavam um italiano tão rápido que eu não entendia bulhufas. Gastei um dinheirão de telefone pra nada.
Segunda tentativa: Mandei e-mail. Escrevi bonitinho, usei até tradutor online pra garantir. Resposta? Zero. Nadica de nada. Como se o e-mail tivesse caído num buraco negro.
Terceira tentativa: Pedi pro meu primo ir lá pessoalmente. Ele foi, coitado. Chegou lá, uma fila gigante. Esperou horas. Quando chegou a vez dele, disseram que faltava um papel. Qual papel? Ninguém sabia dizer direito. Cada funcionário falava uma coisa.

- Um disse que precisava de cópia autenticada.
- Outro falou que tinha que ser o documento original.
- Um terceiro inventou que o sistema tava fora do ar (um clássico!).
Meu primo voltou pra casa de mãos abanando e super irritado. E eu aqui, mais perdido que cego em tiroteio.
A Reviravolta Inesperada
Já tava quase desistindo, pensando em largar mão daquilo tudo. Era muito estresse por um papel. Foi aí que, conversando com uma vizinha aqui do prédio, Dona Cida, ela me contou que a sobrinha dela tinha passado um tempo em Roma estudando.
Pensei: “Ah, não custa tentar”. Falei com a sobrinha da Dona Cida, uma moça muito gente boa. Ela me ouviu, entendeu o perrengue todo. Sabe o que ela fez?
Ela simplesmente conhecia uma pessoa que trabalhava meio período num café perto desse órgão público. Não era nem dentro do órgão! Essa pessoa do café conhecia um dos funcionários de lá, um senhorzinho que frequentava o café todo dia.
A sobrinha ligou pra amiga do café, que falou com o senhorzinho. No dia seguinte, meu primo voltou lá, procurou o tal senhor, e em menos de 15 minutos, ele saiu com o documento na mão. Acredita?

Toda aquela tecnologia, telefone, e-mail, site… nada funcionou. O que resolveu foi a boa e velha rede de contatos, o “quem indica”, o cafezinho na esquina.
Por isso que essa ideia de “aberto de Roma” me fez lembrar disso tudo. Às vezes, as coisas não são tão “abertas” ou acessíveis como a gente pensa, né? Precisa ter o jeito, a pessoa certa, a “chave” pra abrir a porta, mesmo que ela pareça escancarada. No fim, o que parecia um problema de burocracia italiana, resolvi com a ajuda da Dona Cida aqui da esquina. Vai entender…