Olha, vou ser sincero, eu nunca fui muito de acompanhar o UFC, sabe? Achava meio bruto demais, muita gritaria, sei lá. Passava longe. Mas a vida dá umas voltas, né? E a gente acaba caindo nuns lugares inesperados.

Numa noite dessas, sem muito o que fazer, tava zapeando pela TV. De repente, parei num canal que tava passando umas lutas. Ia pular, como sempre, mas algo me chamou atenção. Era uma luta feminina. E uma das lutadoras era essa tal de Dione Barbosa. Nunca tinha ouvido falar.
Fiquei assistindo. Não sei dizer exatamente o porquê. Talvez fosse a intensidade no olhar dela, ou a forma como ela se movia, mesmo tomando uns golpes duros. Não era a luta principal, nem nada muito chamativo, mas tinha algo ali.
A Realidade da Luta
Aí comecei a pensar… a gente vê esses atletas lá em cima, no octógono, e às vezes esquece que são pessoas comuns, com uma vida de batalha que vai muito além daqueles minutos de luta. É uma ralação danada. Treino todo dia, dieta rigorosa, pressão pra ganhar, medo de se machucar feio.
Essa Dione Barbosa, fui dar uma pesquisada depois, por curiosidade. Vi que ela não é das mais conhecidas, não tá entre as top ainda. Mas tá lá, firme, buscando o espaço dela. Isso me pegou de um jeito diferente. Me lembrou um pouco daquela sensação de lutar por algo sem ter a certeza de que vai dar certo, sabe?
- Aquele esforço que ninguém reconhece de primeira.
- A persistência mesmo quando as coisas não saem como planejado.
- A coragem de se expor ali, na frente de todo mundo.
Não sei, me conectei com isso. Talvez porque na minha própria caminhada já passei por cada perrengue, cada situação que parecia impossível, e tive que levantar e seguir. Ver alguém fazendo isso num palco tão… visceral como o UFC, me deu uma perspectiva diferente.
Não é só sobre ganhar ou perder. É sobre a jornada, sobre não desistir. Lembrei de uns tempos atrás no meu antigo trampo, mó galera se matando de trabalhar e no fim das contas, quem brilhava era quem menos fazia. Dá um nó na garganta só de lembrar. Ver a Dione ali, mesmo sem ser a estrela principal, me deu um certo alívio, uma sensação de “é isso aí, continua!”.
Hoje em dia, confesso que de vez em quando eu dou uma olhada pra ver se tem luta dela marcada. Não virei fã número 1 do esporte, longe disso. Mas aprendi a respeitar mais a história por trás de cada lutador, especialmente aqueles que, como a Dione Barbosa, estão na batalha diária, buscando seu lugar ao sol. Tem muita lição ali, pra quem quer ver.