Olha, vou contar pra vocês uma coisa que me deu na telha esses dias. Sabe o escudo do Cruzeiro? Pois é, me bateu uma vontade doida de encontrar uma camisa antiga, mas não qualquer uma. Tinha que ser uma específica, com aquele escudo mais raiz, acho que lá do final dos anos 80, começo dos 90. Aquele que as estrelas pareciam mais soltinhas, sabe? Sem tanto enfeite moderno.
Primeira coisa que fiz, claro, foi cair na internet. Passei um tempão vasculhando site de venda, grupo de colecionador, essas coisas. Aparece de tudo um pouco, umas camisas bonitas, outras nem tanto. Mas o problema é que ou o preço tá lá em cima, ou a camisa tá muito judiada, ou pior, você fica na dúvida se é original mesmo. Complicado.
Aí pensei: quer saber? Vou dar uma rodada física. Lembrei de umas lojinhas mais antigas no centro da cidade, daquelas que vendem artigo esportivo meio “vintage”, né? Fui lá. O cheiro de coisa guardada já entrega a idade do lugar. Fui mexendo nas araras, camisa por camisa. É uma viagem no tempo, você pega cada peça ali que conta uma história.
A saga pela camisa certa
Conversei com um dono de loja, um senhorzinho gente boa. Ele me mostrou umas três opções do Cruzeiro da época que eu queria. Peguei na mão, olhei bem o tecido, a gola, e claro, o principal:
O escudo.
Era isso que eu tava caçando. Aquele bordado específico, a forma das estrelas, a distância entre elas. Uma das camisas que ele mostrou chegou perto, bem perto. O escudo era quase igual ao que eu tinha na memória. Não era exatamente o ano que eu cismei, mas era da mesma fase.
- Olhei o tecido.
- Verifiquei a gola.
- Analisei o escudo minuciosamente.
- Comparei com umas fotos que eu tinha salvo no celular.
Fiquei ali um tempão, pensando. Lembrei de uns jogos daquela época, da galera no Mineirão… Bateu uma nostalgia forte. Não era 100% o que eu imaginei no começo, mas era uma camisa original, bem conservada e com aquele escudo que me trazia boas lembranças.
Acabei levando. Cheguei em casa, lavei com todo cuidado e coloquei pra secar na sombra. Depois fiquei olhando pra ela, pro escudo. É engraçado como um símbolo mexe com a gente, né? Tanta história por trás de um desenho, de umas estrelas. Foi uma trabalheira achar, mas valeu a pena. Coisa de quem gosta mesmo do time, de guardar essas memórias.