Parei pra pensar nesse embate entre Sousa e Petrolina outro dia. Não é jogo de time grande, desses que passam em tudo quanto é canal, sabe? É outra pegada, coisa mais raiz, mais nossa.
Aí começa a minha saga. Eu queria acompanhar, entender como andavam as coisas. Primeiro passo, claro, foi catar na internet. Que dificuldade, meu amigo! Informação picada, site que não atualiza, uma confusão danada. Parece que se não for Flamengo ou Corinthians, o resto que se vire.
Minha Tentativa de Acompanhar
Eu tava no meio de uma correria danada aqui em casa, tentando resolver uns pepinos, mas com a cabeça lá, querendo saber do jogo. Pensei:
- Vou procurar em fórum de torcedor. Achei uns, mas era mais corneta que notícia.
- Tentei aplicativo de resultado. Atualizava quando queria, quase no fim do jogo.
- Rádio! Lembrei do rádio. Fui caçar alguma emissora local online. Achei uma, mas o áudio picotava mais que disco arranhado.
É um esforço que desgasta, viu? Você quer prestigiar o futebol mais modesto, da sua região ou de regiões parecidas, mas parece que tudo conspira contra. Falta estrutura, falta visibilidade. É na raça mesmo, tanto pra quem joga quanto pra quem quer acompanhar.
Lembro de uma vez, anos atrás, viajando pelo sertão. Passei perto dessas bandas. A gente vê a paixão do povo, o campinho de terra batida, a molecada sonhando. Aí quando chega num jogo assim, Sousa contra Petrolina, mesmo com toda dificuldade, você sente que tem algo ali, uma história, uma rivalidade que pulsa.
Fiquei pensando nisso tudo. No contraste com o futebol milionário. Na dificuldade que é fazer acontecer longe dos holofotes. Não é só sobre o jogo em si, entende? É sobre a luta diária, sobre a identidade de um lugar.
No Fim das Contas
Acabei pegando o resultado bem depois, por acaso, num portal de notícias qualquer. Meio frustrante, confesso. Perdi o calor do momento, a emoção do ao vivo que nem rádio ruim consegue tirar totalmente.
Mas fica a reflexão. A gente reclama tanto dos times grandes, da mesmice, mas na hora de apoiar o pequeno, o esforço é grande. Precisa de paciência, de garimpar informação. Talvez seja esse o ponto. Quem gosta mesmo, vai atrás. É um filtro natural, sei lá. Só sei que continuei meu dia aqui, com meus problemas, mas com aquele gostinho de “poxa, podia ser mais fácil”. Mas fazer o quê, né? A vida é assim, cheia dessas pequenas batalhas.