Cara, vou te contar como descobri essa parada de “no love zone” na marra. Tava me sentindo um lixo depois daquele término, sabe? Ficava remoendo mensagem antiga e stalkeando o Instagram dela até três da manhã. Até que minha irmã me deu um sermão: “Para de ser gado, mano!”.
A ficha que caiu
Peguei meu caderninho podre do trabalho e comecei a rabiscar tudo que tava me fodendo:
- Perdia sexta-feira vendo fotos dela com os amigos
- Mandava áudio bêbado chorando pro WhatsApp dela
- Cancelei minha assinatura da academia pra ficar vendo série no sofá
Foi aí que entendi: tava me humilhando por migalhas de atenção.
Os 5 passos que salvaram minha pele
Passo 1: Deletei tudo na loucura
Um dia de ressaca moral, peguei o celular e: sumi com fotos, apaguei conversa, bloqueei em todas redes sociais. Até o Spotify compartilhado eu cancelei. Foi como arrancar band-aid grudado – doeu pra caramba, mas depois aliviou.
Passo 2: Inventei um mantra esquisito
Toda vez que batia saudade, eu gritava no banheiro: “Não sou depósito de sentimentos velhos!”. Parece bobeira, mas repetir isso me impedia de recaída.
Passo 3: Enchi meu tempo com porcaria útil
Comprei um tijolo. Sério. Fiz curso de pedreiro no YouTube e construí uma estante torta pro meu quarto. Errei medidas, cortei errado, mas quando tava martelando, não pensava em ex.
Passo 4: Chorei no lugar certo
Marcava 15 minutos por dia pra chorar. Botava desenho triste no YouTube e chorava até acabar o tempo. Passou disso, levantava e ia lavar louça. Não deixava a bad invadir o dia todo.
Passo 5: Virei meu próprio cafajeste
Comecei a me elogiar no espelho: “Cabelo tá massa hoje”, “Baita ideia que você teve”. No começo parecia mentira, mas hoje meu instinto de humilhação diminuiu 80%.
O que mudou?
Demorou uns 3 meses pra fazer efeito total. Ontem encontrei ela no mercado e não senti nem frio na barriga. Até ajudei a escolher abacaxi. Olhei pra trás e pense: “Caramba, como eu me rebaixava por tão pouco”. Agora se alguém me trata mal, corto na hora. Sem dó, sem pena. Zona sem amor é zona de respeito próprio, e isso não se negocia.