Hoje resolvi meter a mão na massa pra entender direitinho essas variações malucas do nível do mar pelo mundo. Comecei fuçando na net atrás de dados, mas as informações eram tão bagunçadas que quase desisti. Foi aí que lembrei do velho truque: ir direto na fonte!
O Desespero Inicial
Peguei meu caderninho de capa dura – aquele que tá todo manchado de café – e comecei a ligar pra uns amigos que moram perto do mar. Primeiro tentei o João de Santos, mas o cara tava com o sinal pior que wifi de praia pública. Quando finalmente consegui falar, ele deu umas informações tão confusas que achei melhor anotar a lápis.
Decisão crucial:
- Fui catar meu almanaque velho da estante
- Liguei pro museu oceanográfico – demoraram 40 minutos pra atender
- Dei um jeito de emprestar um medidor de marés de um pescador aposentado aqui do bairro
Agarrando no Touro pelos Chifres
Meti o pé na estrada até Guarujá com aquele medidor emprestado. Cheguei na maré baixa e quase quebro o pé nas pedras! Anotei tudinho: hora exata, altura da água, até a temperatura. Na volta, parei num boteco e o dono me contou que em 2010 o mar invadiu o balcão dele – anotei isso também como registro informal.
Fiquei puto quando vi que os dados oficiais não batiam com o que eu medi. Resolvi comparar com outros lugares:
- Anotei os números da Groenlândia que um amigo meu mandou – lá o gelo derretendo faz cada loucura
- Consegui dados do Mar Morto por um pesquisador israelense que conheci num fórum online
- Até a altura das marés em Bangladesh eu consegui, graças a um primo que tá trabalhando lá
A Grande Sacada
Montei uma planilha no Excel que ficou mais colorida que arco-íris. Quando coloquei os dados lado a lado, caiu a ficha:
Os extremos brutais:
- No Mar Morto a água fica tão baixa que parece poça de chuva – quase 430m ABAIXO do normal!
- Já na Groenlândia quando derrete tudo, sobe uns 3 metros acima do esperado
- Aqui no Brasil a maior diferença que vi foi na Baía de São Marcos, no Maranhão – quase 8m de variação!
No final descobri que não existe resposta certa. Depende do lugar, da época do ano, até da lua! Essa parada é muito mais complexa do que eu imaginava quando comecei. Mas valeu cada hora perdida porque agora entendi na pele como essas coisas funcionam.