Ontem eu fiquei de cara com a quantidade de torcedores do Atlético de Madrid gritando que o lance não foi mono no último jogo. Meu sangue ferveu e decidi fazer uma investigação braba sobre essa parada. Abri o zap, reclamei com uns amigos rojiblancos e comecei a garimpar todos os vídeos do lance no YouTube.

Primeiro passo: revirando as imagens
Passei três horas vendo o replay de todos os ângulos, avançando e retrocedendo como maluco. Prestei atenção especialmente na entrada do zagueiro e na posição do atacante. Aí veio o clique: percebi que a bola desvia ligeiramente num toque minúsculo antes da falta. Tirei print dos frames mais importantes e marquei com setinha vermelha no Paint.
Enquete nos grupos de torcida
Meti uma pergunta direta no grupo do Facebook: “GALERA PRA VOCÊ FOI MONO OU NÃO?”. A chuva de respostas veio:
- Metade disse que foi claríssimo mono
- Outra metade jurava que o jogador já tava caindo antes
- Um velhinho espanhol mandou: “Niño, eso fue teatro puro”
O pulo do gato
Quando juntei os prints com o depoimento da galera, entendi a treta toda:
Os torcedores que defendem o time argumentam com duas coisas: primeiro, que o atacante já iniciava a queda antes do contato. Segundo – e isso eu vi no replay – que tinha outro zagueiro chegando por trás, então não teria espaço pra arrancada limpa.
Minha conclusão
Depois dessa enxurrada de informação, meu veredito é: não foi mono definitivo. Claro que foi falta, mas aquela assistência que vem correndo no segundo pênalti transforma a jogada. E a explicação pros torcedores é simples: amor cego pelo clube e raiva dos rivais fazem a galera inventar narrativa. Conclusão: futebol sem clubismo não existe!