Lembro quando resolvi experimentar flu vôlei pela primeira vez. Tinha visto um pessoal jogando na praia e parecia muito divertido. Cheguei lá todo animado achando que seria igual vôlei normal. Que engano enorme.

Meu primeiro dia foi caótico
Peguei a bola, fui pro fundo da quadra e soltei um saque violento. Só que a rede de flu vôlei é baixinha, tipo 1,80m. A bola passou reto por cima sem nem subir direito, bateu no banco do juiz. Vergonha total. Os caras experientes começaram a rir, mas foram super gente fina.
Aí veio a luz
Um jogador mais velho me chamou: “Moleque, vem cá que te ensino o básico”. Ele me mostrou 5 coisinhas que mudaram tudo:
- Saque rasteiro – Não precisa de força, só dar um toquinho por baixo pra bola passar rente na rede
- Posição da mão – Fazer uma “conchinha” com as duas mãos juntas em vez de bater com os dedos
- Movimento de caranguejo – Andar de lado igual siri pra chegar mais rápido na bola
- Comunicação gritada – Berrar “MINHA!” ou “TU!” toda hora pra não ter confusão
- Pé na areia – Sem saltar alto! Manter sola no chão pra ter mais controle
Treinei feito doido
Passei um mês praticando contra o muro do quintal. Todo dia 30 minutos suando horrores. Meus vizinhos achavam que eu tinha enlouquecido de tanto ouvir “MINHA! MINHA!” gritado sozinho.
Quando voltei pra quadra, foi outro jogo. No primeiro saque já apliquei o toquinho leve. A bola passou sutil e caiu no cantinho. O velhinho que me ensinou deu aquele sorriso aprovador. Melhor sensação do mundo.
A moral da história? Flu vôlei parece bobinho mas tem técnica pra caramba. Se levar o negócio a sério, até perna-de-pau como eu consegue jogar sem passar vexame. Agora toda quarta tô lá na areia, gritando “MINHA!” feito um condenado e apanhando da bola com orgulho.
