Como fui atrás do segredo do Marco Freitas
Tava vendo um jogo de vôlei de praia ontem e o Marco Freitas tava mandando bem demais. Fiquei curioso pra saber qual era o pulo do gato da carreira dele, sabe? O que esse cara tem de diferente? Resolvi catar tudinho sobre o moço.
Primeiro, abri o navegador e fucei tudo que é site de notícia esportiva gringa e brasileira. Nem lembro quantas abas abri, meu PC quase chorou. Queria saber desde quando ele era pivete jogando nas areias do Porto.
Dos sete anos de idade até hoje, juntei cada pedacinho:
- Vi que o maluco começou a jogar vôlei na escola porque odiava futebol. Achei doidera!
- Catei os times que ele passou: desde os clubes meia-boca em Portugal até os gigantes da Itália e do Brasil. O cara rodou o mundo mesmo.
- Prestei atenção nos troféus: nada de Champions League ainda, mas os títulos nacionais em todo canto que ele pisou.
Aí veio a parte chata: tentei entender os treinos. Gringo fica todo pirado falando de “periodização táctica” e uns nomes bonitos que só servem pra encher linguiça. Traduzi na minha cabeça: o cara é viciado em repetição. Não tem mágica – é bater bola até cansar e depois bater mais um pouco.
O negócio que me pegou mesmo foi quando achez umas entrevistas velhas dele. O cara falando que:
- Perdeu três finais seguidas no início da carreira e quase desistiu
- Tomou porrada de gente dizendo que ele era baixinho demais pra ser bom
- Dormia em colchão furado no primeiro apartamento dele no Brasil
Tirei minhas conclusões depois de tantas horas fuçando:

Primeiro: o segredo nem é segredo. É teimosia mesmo! O cara leva não na cara e volta com mais gana ainda. Teve ano que ele viajou 200 dias pra jogar torneio mequetrefe só pra não parar de competir.
Segundo: ele é obcecado por corrigir detalhezinhos. Tipo, viu que tava errando muito o saque em torneio com sol forte – treinou por semanas com óculos escuros até acertar a porra do lance.
Terceiro: o maluco não liga pra glamour. Jogador famoso cheio de patrocínio e o cara ainda chega duas horas antes de todo mundo pra montar a rede e limpar a quadra. Parece coisa de quem começou do zero e nunca esqueceu.
Depois de catar tudinho, a lição que ficou foi simples: não adianta querer atalho. Se até um monstro como o Marco apanhou tanto no começo e ralou feito condenado, a minhas tentativas meia-boca precisam de muito mais suor. Talvez esse seja o único “segredo” que presta.