Comecei essa investigação quase sem querer. Tava fuçando em vídeos antigos na casa da minha avó, sabe? Aí me deparei com um VHS todo poeirento escrito “Brasil x Rússia 1994”. Coloquei naquele trambolho de videocassete e… caramba! Que jogo épico!

Primeiro contato com o fenômeno
Liguei pro meu tio que é fanático por vôlei. Ele quase engasgou de tanto falar: “Muleque, aquela época foi MÁGICA!”. Fiquei com a pulga atrás da orelha e decidi catar mais coisa.
A caçada por respostas
Saí vasculhando:
- Enchi a mesa da sala de jornais velhos que achei no sótão
- Maratonei 12 horas de gravações amadoras da Globo
- Enchi o saco de três tias no almoço de domingo perguntando dos jogos
Achava que ia encontrar só jogadas bonitas, mas descobri uma revolução. Lembrei até da minha mãe falando que as minas cortavam com tanta força que parecia terremoto!
O pulo do gato
Resolvi comparar com o vôlei atual. Peguei estatísticas, assisti lances… e entendi! Aquelas atacantes eram fera mesmo:
- Olha a força da Regla Torres! Mulher de 1.91m batendo na bola feito trator
- E essa Fernanda Venturini? Armação perfeita mesmo debaixo da rede
- O ritmo do jogo? Pura adrenalina – sem parar pra revisão de vídeo
A ficha caiu
Tava lá no fundo do baú quando achei um panfleto amarelo do Banco do Brasil de 1995. Anúncio de patrocínio pro time feminino! Nisso fez clique:

- Salário? Misturava empregada doméstica com atleta
- Estrutura? Treinavam em ginásio com goteira
- Reconhecimento? Zero! Mas jogavam com raça
Elas viraram famosas não pela grana, mas por suarem sangue com sorriso no rosto. As transmissões da Globo em horário nobre botavam o país inteiro na frente da TV! Todo mundo torcendo junto pra Fernanda, pra Ida, pra Hilma…
Essa galera dos anos 90 não era só talentosa. Elas construíram o altar que o vôlei feminino ocupa hoje no Brasil – e a chave do cofre do sucesso tá guardada nas fitas VHS dos nossos armários!