Comecei a me questionar sobre isso quando estava assistindo uns campeonatos de judô online, sabe? Via que sempre que dava empate, os atletas ficavam naquele tal de Golden Score. No início, achava que era só umas regras chatas pra fazer a luta acabar mais rápido. Mas resolvi testar na prática.
Como foi meu treino experimental
Marquei um randori com meu parceiro de treino no dojô. Combinamos:fingir que todas as lutas terminariam empatadas, pra poder experimentar esse tal de Golden Score na pele. Primeiro, fizemos várias lutas normais – aquela coisa de se arrastar no tatame, o cara fugindo quando tá perdendo. Tava uma maçada total.
Depois inventamos uma regra:“quando o cronômetro acabar, ninguém grita ‘ippon’ e continua lutando até um derrubar o outro limpo”. Aí sim, meu filho, a parada ficou diferente! Teve três momentos onde senti na prática:
- Meu gás acabando depois de dois minutos extras, perna tremendo igual vara verde
- Aquele frio na barriga quando meu oponente quase me derrubou com um uchimata de raspão
- A adrenalina de conseguir aplicar meu ashi-waza quando menos esperava
Os benefícios que ninguém conta
Depois de uns 15 dias testando essa parada, começou a clarear porque esse Golden Score é genial:
- Acaba com aquelas fugidinhas covardes – sabe quando o cara tá ganhando e só fica correndo? Pois é, nisso aqui ele teria que lutar de verdade até o fim
- Mostra quem realmente tem técnica apurada – cansado, suando que nem porco, é que você vê quem sabe executar os golpes direito
- Força os dois lutadores a darem tudo de si – ou você arrisca um golpe decisivo, ou fica ali sofrendo eternamente
No fim, meu parceiro até quebrou meu recorde: a gente ficou 4 minutos e 23 segundos naquele inferno! Cheguei em casa com o judogi pingando igual pano de chão e uma lição bem clara: o Golden Score não é só uma regra. É um treinador invisível que fica gritando “ou você dá o seu melhor, ou você se ferra” no seu ouvido. Depois dessa experiência, nunca mais reclamei quando ouço o gongo no tempo normal!