Então, bora lá falar desse tal de “chicago x”. Na real, nem era um projeto oficial com esse nome, foi mais um apelido que a gente deu pra uma encrenca que apareceu uns tempos atrás.
O Começo da Dor de Cabeça
Tudo começou quando precisaram puxar uns dados de um sistema véio que rodava num servidor esquecido lá num canto. Ninguém nem lembrava direito como aquilo funcionava. O sistema era conhecido internamente como “Chicago”, sabe-se lá porquê. A missão era fazer ele conversar com umas paradas mais novas, aí veio o “x” da questão, a integração, a experiência… ou só o “xis” do problema mesmo.
Primeira coisa foi achar a máquina. Depois, descobrir como conectar. Cara, que trampo. Não tinha documentação, manual, nada. Quem fez aquilo já tinha saído da empresa há anos luz. Fui fuçando, tentando umas senhas padrão, olhando log antigo, perguntando pra galera mais velha se alguém lembrava de alguma coisa. Foi quase arqueologia digital.
A Luta com a Ferramenta (ou a falta dela)
Consegui conectar, beleza. E agora? Os dados estavam num formato que, nossa senhora… Parecia que cada pedaço tinha sido salvo de um jeito. Tinha data em formato americano, depois brasileiro, uns textos com acento zoado, outros sem. Um caos.
Tentei usar umas ferramentas prontas pra extrair, mas nada funcionava direito com aquela bagunça. Tinha umas particularidades que só aquele sistema “Chicago” tinha. Acabei tendo que fazer na mão mesmo, saca?
- Primeiro, fiz um script simples só pra ler os arquivos do jeito que estavam.
- Depois, fui adicionando um monte de regra pra tentar limpar a sujeira. Isso aqui deu um trabalho desgraçado. Toda hora achava um formato novo, uma exceção.
- Tinha que lidar com codificação de texto maluca. UTF-8? Que nada! Era uma mistura doida lá.
- Testava, dava erro, ajustava o script, testava de novo. Fiquei nisso um tempão.
Chegou uma hora que pensei: “Quer saber? Não vou deixar perfeito não”. A meta era só tirar os dados de lá e jogar num formato minimamente usável pro sistema novo conseguir ler. Se ficasse bonitinho ou não, era outra história. O importante era funcionar, entregar o valor logo.
Finalmente, a Luz no Fim do Túnel
Depois de muita tentativa e erro, consegui montar um scriptizinho que fazia o básico: lia os dados do “Chicago”, dava uma limpada mais ou menos e cuspia num arquivo CSV que o sistema novo entendia. Não era elegante, não era a coisa mais eficiente do mundo, mas funcionou.
O pessoal que precisava dos dados conseguiu usar. Claro que vira e mexe aparecia um detalhezinho, um dado meio torto que o script não pegou, aí eu ia lá e dava um tapa. Mas o grosso do problema foi resolvido.
Essa experiência com o “chicago x” me ensinou na marra que nem sempre a gente tem as melhores ferramentas ou condições ideais. Às vezes, o negócio é arregaçar as mangas, usar o que tem e fazer acontecer do jeito que dá. O importante é resolver o problema, mesmo que a solução não seja digna de um prêmio de arquitetura de software.
É isso aí, mais uma história de batalha do dia a dia pra conta.