E aí, pessoal. Hoje eu queria bater um papo sobre uma parada que comecei a fazer há um tempo: wrestling, ou luta agarrada, como preferirem chamar.

Sabe como é, né? A gente chega numa idade, ou numa fase da vida, que quer experimentar algo diferente, sair da rotina de só correr ou levantar peso. Eu tava nessa vibe. Sempre curti assistir umas lutas, achava legal aquela dinâmica de derrubar, controlar no chão. Aí pensei: “Por que não tentar?”.
O Começo de Tudo
Fui procurar um lugar pra treinar. Achei uma academia que tinha um horário que batia com o meu. Confesso que no primeiro dia fui meio receoso. Cheguei lá, olhei aquela galera já mais experiente, uns caras grandes, outros mais ágeis. Pensei: “Onde fui me meter?”.
O professor me chamou, passou uns aquecimentos bem básicos. Coisa de correr em volta do tatame, fazer uns rolamentos, umas flexões. Até aí, beleza. Mas quando começou a parte técnica, o negócio pegou.
A Prática no Dia a Dia
Cara, wrestling é intenso. Não é força bruta o tempo todo, tem muita técnica, muito jeito. Mas exige uma resistência danada. Lembro dos primeiros treinos específicos de:
- Postura (Stance): Aprender a ficar baixo, equilibrado, pronto pra atacar ou defender. Parece fácil, mas manter aquilo por minutos cansa as pernas que é uma beleza.
- Entradas de Queda (Takedowns): Aquele movimento rápido pra agarrar as pernas do outro e levar pro chão. Double leg, single leg… nossa, coordenar isso rápido e com força foi um desafio.
- Defesas (Sprawl): Quando o cara entra nas suas pernas, você tem que jogar o quadril pra trás e o peso do corpo em cima dele. Fazer isso repetidamente… haja fôlego!
- Controle no Chão: Depois que derruba, tem que saber controlar, não deixar o cara levantar ou raspar. Pressão, troca de base… é um xadrez ali no tatame.
No começo, eu apanhava mais que tudo. Saía moído, dolorido em lugares que nem sabia que existiam. Ombro ralado, às vezes um roxo aqui e ali. Faz parte, né?

O Que Eu Percebi e Senti
Com o tempo, fui pegando o jeito. A força aumentou, principalmente nas costas, ombros e na pegada. Minha mão ficou mais firme, sabe? Aquela pegada forte pra controlar o braço ou a cabeça do oponente.
Mas o mais legal foi ver a melhora na resistência. Aquela sensação de pulmão queimando no começo foi diminuindo. Conseguia fazer mais repetições, lutar por mais tempo sem “morrer” no gás.
E não é só o corpo, não. A cabeça trabalha muito. Você tem que pensar rápido, antecipar o movimento do outro, ter estratégia. Não adianta ser só forte, tem que ser esperto ali na hora.
Outra coisa bacana foi a humildade que a gente aprende. Sempre tem alguém melhor, mais técnico, mais forte. Você aprende a respeitar, a reconhecer seus limites e a se esforçar pra melhorar. Não tem espaço pra marra ali dentro.
Continuando a Jornada
Hoje não treino com a mesma frequência de antes, a vida corrida às vezes atrapalha. Mas sempre que posso, dou um pulo lá pra suar a camisa e relembrar os movimentos.
Não virei nenhum campeão olímpico, longe disso. Mas a experiência do wrestling foi muito válida. Ganhei condicionamento, força, aprendi a me defender um pouco e, principalmente, aprendi sobre disciplina e superação.
Pra quem tá buscando algo que desafie o corpo e a mente, que exija força e técnica, eu digo: experimenta o wrestling. Pode ser que você se surpreenda, como eu me surpreendi.