Olha, vou te contar sobre essa história que chamaram de “albania x”. Na real, foi uma tentativa da antiga empresa onde eu trabalhava de cortar custos, sabe como é? Acharam que terceirizar umas paradas pra Albânia ia ser a solução mágica.
O Começo da Saga
Me jogaram essa bomba no colo. A ideia era montar uma pequena equipe lá pra cuidar de umas tarefas de suporte e entrada de dados que ninguém aqui queria fazer. Papelada, basicamente. Falaram: “Vai lá, pesquisa, organiza, faz acontecer”. Beleza, né? Fui eu mergulhar nisso.
Primeiro passo: entender como contratar gente lá. Meu amigo, que confusão. Tive que:
- Pesquisar a legislação trabalhista deles.
- Achar um jeito de pagar o pessoal legalmente, sem levar multa.
- Entender a cultura de trabalho, que é bem diferente da nossa.
Só essa parte já comeu um tempo absurdo. Era liga pra um, manda email pra outro, fala com “consultor” que parecia saber menos que eu.
A Prática no Dia a Dia
Depois de muita luta, conseguimos contratar umas três pessoas. Aí começou a segunda parte do “show”. A comunicação era um desafio constante. Não só pela língua, porque achamos gente que falava inglês, mas pelo jeito de trabalhar mesmo.
Fuso horário: Era um Deus nos acuda pra marcar reunião. Quando a gente tava começando o dia, eles já estavam quase no fim. Qualquer problema urgente? Só no dia seguinte.
Expectativas: O que pra gente era óbvio, pra eles não era. Tive que detalhar tarefas de um jeito que parecia manual pra criança. Perdíamos um tempo enorme explicando o básico.
Infraestrutura: Volta e meia a internet deles caía, ou o sistema que a gente usava dava pau lá. Era um estresse.
O Resultado Final
No fim das contas, o tal “barato” saiu caro. O tempo que a gente gastava gerenciando, corrigindo erro, refazendo trabalho… nossa! A economia que pensaram em fazer foi pro ralo. A qualidade do serviço caiu um bocado naquele período também, os clientes sentiram.
Depois de uns oito meses naquele ritmo, a diretoria discretamente começou a puxar as tarefas de volta pra cá. O projeto “albania x” foi morrendo aos poucos, sem muito alarde. Ninguém queria admitir que a ideia genial não tinha funcionado.
E por que eu sei desses detalhes todos? Porque fui eu o “cobaia” que teve que botar a mão na massa e lidar com o pepino todo dia. Foi uma fase complicada, logo depois que eu tinha saído de um outro lugar meio esquisito. Peguei essa bucha achando que ia ser um desafio interessante, mas acabou sendo só dor de cabeça mesmo. Aprendi na marra que nem toda ideia que parece boa no papel funciona na vida real.
