Olha, vou te contar uma coisa sobre essa tal de agência mundial antidoping, a WADA. A gente ouve falar, né? Mas entender como funciona na prática, no dia a dia do atleta, é outra história. Eu mesmo não sou atleta, nunca fui, mas acabei vendo de perto como esse negócio é sério e como pega.
Como eu acabei sabendo disso tudo?
Foi por causa de um sobrinho meu, o Marquinhos. Moleque bom de bola, sabe? Jogava muito num time pequeno aqui da região. Sonhava alto, queria ser profissional, aquela coisa toda. Treinava todo santo dia, faça chuva ou faça sol. A dedicação dele era impressionante, de verdade.
Aí o time começou a ir bem, subiu de categoria, e a coisa ficou mais séria. Veio mais pressão, mais cobrança por resultado. E junto com isso, começaram uns papos estranhos no vestiário, umas sugestões de “dar um gás a mais”, usar umas coisas pra “melhorar a performance”. Você sabe como é, né? Sempre tem alguém oferecendo um atalho.
O Marquinhos ficou naquela… tentado, mas com medo. Ele sabia que era errado, que era contra o espírito do esporte, fora o risco pra saúde dele mesmo. Mas a pressão era grande, os colegas falando, a vontade de chegar lá…
O dia que a WADA apareceu
Eu lembro direitinho de um dia que fui buscar ele no treino. Cheguei mais cedo e fiquei olhando da arquibancada. Do nada, apareceram dois caras. Bem vestidos, crachá pendurado no pescoço. Eram agentes de controle de dopagem. Ninguém estava esperando por eles, foi totalmente de surpresa.
Eles se identificaram, chamaram um dos jogadores mais velhos do time e simplesmente falaram que ele tinha sido selecionado pra fazer o exame antidoping. Na hora. O agente ficou do lado do cara o tempo todo, como uma escolta mesmo, até ele ir pra salinha fornecer a amostra.
- Foi um susto geral.
- Ninguém esperava aquilo ali, no meio do treino.
- Deu pra ver o pânico no rosto de alguns jogadores.
O Marquinhos ficou pálido. Ele não estava usando nada, graças a Deus, mas só a presença daqueles agentes ali, mostrando que a WADA pode aparecer a qualquer momento, em qualquer lugar, sem aviso prévio, mexeu muito com ele.
Depois daquele dia, ele ficou mais cabreiro ainda com aquelas conversas de “ajudinha”. Ele entendeu que o negócio era sério mesmo, que a WADA não estava pra brincadeira e que usar qualquer substância ou método proibido podia acabar com o sonho dele e trazer problemas graves.
Resumindo: a experiência do meu sobrinho me mostrou que essa agência não é só um nome ou um conjunto de regras no papel. Eles estão por aí, de verdade, e podem pegar qualquer um, a qualquer hora. Foi assim, vendo a coisa acontecer, que eu entendi um pouco mais sobre a agência mundial antidoping.