Pois então pessoal, vou contar pra vocês como foi minha experiência colocando o pequeno Léo, meu sobrinho, no basquete infantil. Tudo começou quando a irmã chegou reclamando que ele só ficava grudado no tablet, preguiçoso e sem interagir com outras crianças. Aí bateu aquela vontade de buscar alguma atividade que animasse ele.

Como foi o início dessa bagunça toda
Primeiro, fui atrás de escolinha de basquete perto da casa dela. Não queria coisa sofisticada, só um lugar seguro. Liguei pra três lugares – um nem atendeu, outro tava lotado e o terceiro, o “Projeto Cestinha”, aceitava crianças a partir de 6 anos. Combinamos uma aula experimental pra ver se o Léo curtia.
Chegando lá, vi logo que a quadra era simples, só tabelinha básica e chão de cimento, mas sem buracos. O treinador, o Tio Carlos, já botou todo mundo pra correr no começo. O Léo quase caiu correndo no primeiro dia, juro! Fiquei tensaço vendo ele desengonçado.
Treinos que nem sempre são perfeitos
Nas semanas seguintes, foi ladeira abaixo e acima:
- Primeiro exercício fracasso: Passar bola entre cones. Meu sobrinho ficava tão nervoso que jogava a bola pra todo lado menos pro colega do lado. Já vi bola voar pro telhado do vizinho, sério!
- Arremesso difícil: Como as tabelas eram altas, as crianças tinham que subir as bolas tipo bolas de meia, mais levinhas. Mesmo assim, o Léo quase chorava de raiva quando errava tudo. Treinador dizia “Não faz mal, guri! Continua tentando!”
- Bagunça nos joguinhos: Quando botavam pra fazer minipartidas, era cada confusão – criança perdendo o tênis, menino brigando porque queria ser o dono da bola, menina chorando porque não deixavam ela arremessar. Tio Carlos ficava com os braços pra cima desistindo kkk!
Onde a coisa realmente começa a mudar
Mas depois de uns dois meses, me liga minha irmã toda emocionada: “Cara, parece até outra criança!”. Realmente notei diferenças claras:
- Mais sono e fome: Chegava do treino e caía na comida feito leão, depois dormia que nem pedra. Minha irmã diz que até acordar de manhã tá mais fácil, ele levanta com vontade!
- Sabe perder? Talvez um pouco: Continuava emburrando quando o time perdia, mas depois de uns minutos já tava pensando em como jogar melhor na próxima. Antes jogava coisa contra parede.
- Socialização aparecendo: Criou amizade verdadeira com um menino da equipe, o Pedro. Combinam até de ficar no recreio pra praticar arremesso juntos.
- Agilidade melhor: Dá pra ver que ele cai menos correndo, mexe o corpo com menos desengonço, tem reflexo mais rápido. Até na bicicleta parece mais equilibrado!
Observei umas coisas que não são mil maravilhas
Agora, nem tudo foi flores, claro:

- Gasto além da mensalidade: Camiseta do projeto, tênis mais resistente pra quadra, tive que ajudar a comprar porque pra minha irmã apertou o orçamento.
- Promessa além da conta: Alguns lugares prometiam “criança virar um Michael Jordan” ou “garantia de alto rendimento”. Mas na prática, pro Léo o importante foi a diversão mesmo, sem pressão de ser craque.
- Diferenças gritantes: Tem criança lá que parece que nasceu com bola na mão, já faz tudo fácil. Enquanto isso, o Léo sofre mais, mas o Tio Carlos sempre incentiva no ritmo dele. Não adianta comparar.
Resumindo a minha experiência
Depois de seis meses acompanhando de perto, digo com certeza: vale cada gota de suor que ele derrama na quadra. O Léo:
- Pula mais alto que as escadas daqui de casa
- Tem mais amizades verdadeiras na escola e no bairro
- Cai menos até correndo descalço no quintal
- E o principal: Desliga esse bendito tablet sem chorar pra brincar na rua!
Pra quem tá na dúvida, testem sem medo. Pode ser que comece desastrado igual ao Léo, até tropeçar no próprio pé. Mas vendo hoje, valeu cada arranhão no joelho e cada bola perdida na trave! O que importa é a diversão e o progresso deles.