Como foi minha jornada até a Praia da Cigana?
Resolvi encarar a Cigana esse fim de semana e vixe… ninguém me avisou que ia parecer uma caça ao tesouro. Tá aí, bora descrever como fiz pra chegar lá, passo a passo.

Primeiro: Peguei o carro e botei no GPS só pra me orientar pela região, já sabendo que não ia dar certo no final. Conduzi até o início da trilha que falam muito, perto do condomínio. Mas atenção: achei um baita problema! Tinha uns três caminhos diferentes e nenhuma placa. Fiquei uns 10 minutos rodando igual barata tonta perguntando pra quem passava: “Mano, Praia da Cigana é por aqui mesmo? Qual dessas trilhas?”. Até que um cara de boné me apontou a mais à direita.
O pulo do gato: Segui por essa trilha de terra batida. O chão tava cheio de pedras e buracos tum-tum, mas até que dava pra ir devagarinho. Passei por duas bifurcações, sempre mantendo à esquerda nos dois casos. Se você virar à direita, esquece… vai parar é noutro lugar. Depois de uns 20 minutos nessa estradinha capenga, vi uma pedra gigante marcando o começo da descida.
- Estacionei antes da pedrona (já já digo por quê)
- Coloquei boné, protetor e garrafa d’água que não pode faltar
- Calcei um tênis velho de guerra porque o chão é puro pedregulho
Desci a pé pelo caminho mais íngreme ao lado da pedra. Erro brutal que quase cometi: se tivesse tentado descer de carro, juro que iam me encontrar pendurado numa árvore depois de três capotamentos. A descida dura uns 7 minutos se você não for uma tartaruga. Cuidado pra não escorregar na areia solta!
Cheguei naquele pedacinho de areia rodeado de morros e pensei: “Agora entendi porque tanto segredo!” Praia linda, isolada… mas olha o preço que paguei pra achar. Virando à esquerda do barranco principal, ainda tem um trilhinho escondido que te leva pra uma parte mais vazia e boa pra mergulho. Melhor parte! Fiquei por horas lá, só ouvindo onda e limpando a alma.
Dica de sobrevivência: leve algo pra picar porque só tem um barquinho improvisado vendendo água mineral e azeite de dendê. O retorno? Fazer a subida que venceu até meu fôlego de maratonista. Fiquei vermelho igual pimenta malagueta. Mas no fim, cada gota de suor valeu a vista daquele mar azul-turquesa. Praticamente abracei a placa de “proibido camping” quando finalmente avistei o carro de novo.
