Olha, falar do mapa Heaven no Valorant… passei um bocado de tempo ali, viu? No começo, quando o jogo saiu, eu cismei que ia dominar aquele mapa. Achava que conhecendo cada cantinho, cada pixel, ia virar mestre.
Lembro de uma fase que eu só queria saber de defender o bombsite A. Ficava horas e horas em partida personalizada, tentando achar o jeito perfeito de segurar a entrada principal, aquela que vem do meio, e também a passagem pela garagem (que chamam de ‘garagem’ ou ‘sewers’, sei lá).
Minha saga na defesa do A:
- Primeiro, tentei com a Sage. Botava barreira torta, orbe lenta no chão… Rapaz, parecia que eu tava mais atrapalhando do que ajudando. Os caras passavam voando por cima ou quebravam tudo em dois segundos.
- Depois fui de Killjoy. Ah, agora vai, pensei. Torreta aqui, nano-enxame ali. Que nada! Era só usarem uma fumaça ou uma habilidade de flash e pronto, minha defesa ia pro beleléu. Gastei um tempão aprendendo uns setups que vi por aí, mas na hora do vamos ver, na pressão do jogo real, era outra história.
- Tentei Cypher também, com as jaulas e fios. Confesso que deu um pouco mais certo, mas ainda assim… era muito fácil os atacantes coordenarem e quebrarem tudo.
Aí você pensa: “Pô, mas é só mirar bem!”. É, meu amigo, falar é fácil. Depois de um dia inteiro de trabalho, a vista já não é a mesma, a mão tá meio dura. Mirar na cabeça de um Jett passando voando não é mais tão simples quanto era uns anos atrás.
A Realidade Bateu
Percebi que essa nóia de querer ser perfeito em cada jogada tava me consumindo mais do que divertindo. Ficava bravo à toa, culpava o time, culpava a mim mesmo. Parecia mais um segundo trabalho do que um jogo pra relaxar.
Isso me lembrou uma época que eu tentei aprender a tocar violão sozinho. Comprei o violão, vi uns vídeos, tentei tirar umas músicas. No começo, beleza. Mas quando começou a complicar, as pestanas, os ritmos… nossa, que frustração. O violão acabou encostado num canto, juntando poeira.
Com o Heaven no Valorant foi quase a mesma coisa. Eu gastei energia demais em algo que, no fundo, era pra ser só diversão. Não que eu não goste de jogar bem ou de ganhar, claro que gosto. Mas o ponto é o equilíbrio.
Hoje em dia, eu entro no Heaven (e em qualquer outro mapa) bem mais tranquilo. Jogo com o agente que tô a fim, tento fazer o meu melhor, mas sem aquela pressão maluca de antes. Se o time inimigo jogou melhor, paciência. Se eu errei um spray, acontece. A gente tenta de novo na próxima rodada, ou na próxima partida.
Conclusão? Acho que a gente tem que saber a hora de levar as coisas a sério e a hora de só curtir o processo. Pra mim, hoje, Valorant é mais sobre dar umas risadas com os amigos e ter uns momentos legais do que sobre ser o mestre supremo do mapa Heaven. Deixei essa pira pra molecada mais nova.