Olha, esses dias me deu a louca de querer jogar vôlei com a turma aqui perto de casa. Tinha um espaço bacana sobrando num terreno, e a gente pensou: “bora montar uma rede!”. Beleza, arrumei a rede, uns postes improvisados, tudo certo. Mas aí, na hora de marcar o chão, bateu aquela dúvida, né? Qual o tamanho certo dessa bagaça?
Eu confesso que no começo achei que era só esticar a rede e pronto, jogar de qualquer jeito. Mas aí um amigo mais chato (sempre tem um!) falou: “Peraí, tem medida oficial pra isso, senão vira várzea completa”. Pior que ele tava certo. Se era pra fazer, que fosse direito, pelo menos pra ter uma noção.
Então, o que eu fiz? Fui pra luta! Peguei o celular e comecei a pesquisar. Joguei lá no buscador “tamanho quadra de vôlei oficial”. Apareceu um monte de coisa, mas fui filtrando. Descobri que o negócio é mais sério do que eu pensava.
Minha saga pra medir a quadra
Vi lá que a quadra inteira tem 18 metros de comprimento por 9 metros de largura. Caramba, 18 metros! Parece pouco na TV, mas na hora que você vai medir no chão… é chão pra dedéu! Cada lado da rede fica com 9×9 metros, um quadrado perfeito.
Aí não parava por aí. Tinha a tal da linha de ataque, ou linha dos 3 metros. Essa linha fica a 3 metros de distância da rede, pra cada lado. Essa parte é importante, né, pra galera não invadir lá na frente na hora de atacar.
Beleza, com os números na cabeça, fui pra prática. O que eu tinha em mãos?
- Uma trena velha que achei na garagem (daquelas de metal, meio enferrujada já).
- Um rolo de barbante fino.
- Uns pedaços de tijolo pra marcar os cantos temporariamente.
- Um saco de cal que sobrou de uma obra aqui em casa pra marcar o chão de terra.
Primeiro, tentei medir os 18 metros. Estiquei a trena… deu um trabalho! O chão era irregular, a trena ficava dobrando. Tive que chamar ajuda do meu filho pra segurar uma ponta. Marcamos os cantos com os tijolos. Depois, os 9 metros de largura. A mesma peleja.
O mais engraçado foi na hora de fazer o ângulo reto nos cantos. Não ficou 100% um retângulo na primeira tentativa, ficou meio torto, parecendo um saco de pão. Tive que usar aquele truque de pedreiro, medindo as diagonais pra ver se batiam. Deu um ajuste aqui, outro ali, e finalmente pareceu um retângulo decente.
Depois de marcar os limites externos com o barbante esticado entre os tijolos, fui marcar a linha do meio, embaixo da rede. E aí as linhas de ataque, medindo 3 metros a partir da linha do meio pra cada lado. Usei a trena de novo, com mais cuidado.
Com o “esqueleto” de barbante pronto, peguei o cal e fui jogando devagar em cima do barbante pra linha ficar mais ou menos reta. Não ficou perfeito, parecendo quadra de campeonato, claro que não! Mas deu pro gasto. Ficou lá, nossa quadra improvisada, mas com as medidas oficiais (ou quase!).
No fim das contas, deu um trabalhão que eu não esperava. Achei que era só esticar uma corda e pronto. Mas valeu a pena. Jogamos nosso vôlei no fim de semana e, pelo menos, ninguém podia reclamar que a quadra tava fora de medida. Agora, toda vez que vejo um jogo na TV, dou mais valor àquelas linhas perfeitinhas na quadra!
