Então, esses dias eu tava jogando basquete na quadra pública aqui do bairro, tranquilo. Do nada um maluco do time adversário começou a gritar uns bagulho racista pra mim. Fiquei puto, mas não sabia o que fazer na hora.
Meu passo a passo depois da zica
Primeiro: Puxei o celular do bolso e comecei a gravar. Peguei ele falando as merdas direitinho. Se não tiver prova, ninguém acredita, né?
Segundo: Falei com o juiz ali mesmo. Mostrei o vídeo e tudo. O cara ficou meio sem graça, mas anotou meu relatório. Melhor fazer isso na hora porque depois as pessoas esquecem detalhes.
Terceiro: Chegando em casa, liguei pra federação de basquete da cidade. Exigi falar com o setor de ética. Tive que ligar três vezes porque os caras tentaram me empurrar pra outros setores. Mas insisti até conseguir registrar oficialmente.
Quarto: Fui atrás das testemunhas. Tinha um brother que viu tudo. Pedi pra ele escrever um relato simples por escrito, com data e assinatura. Só o básico mesmo: “vi fulano dizendo X para ciclano”.
Quinto: Montei um pacotão com tudo: cópia da gravação, relatório do juiz, declaração das testemunhas e meu relato. Enviei por email e também entreguei fisicamente na federação. Não confio só em email, pode “sumir”.
O que rolou depois
Demorou quase um mês, mas o cara tomou suspensão de seis meses. Ainda acho pouco, mas pelo menos não aparece mais por lá. O foda é que precisei ir lá cobrar toda semana, porque senão engavetavam o caso.
Aprendi que tem que fazer barulho mesmo. Se eu tivesse só reclamado no WhatsApp ou pro pessoal da quadra, não teria dado em nada. Agora sempre deixo espaço livre no celular só pra gravar essas situações.