A minha tentativa de imitar o Novak Djokovic
Aqui foi o que eu fiz, pessoal: resolvi copiar o esquema do Djokovic pra ver se minha performance no tênis melhorava. Nem de longe sou profissional, mas vamos lá, né?

Primeiro passo: acordar cedo pra caramba. Pulei da cama às 5h30 com o sol ainda dormindo. Bebi um copão de água morna – dizem que ele faz isso pra “acordar o corpo por dentro”. Confesso: quase voltei pra cama.
Parte chata: alongamento no escuro. Fiquei me esticando no tapete da sala enquanto minha mulher roncava no quarto. Fiz aquelas posições esquisitas que ele posta no Instagram. Meu joelho estalou igual castanha no Natal. Não sei se tava certo, mas fingi que sim.
Café da manhã sem graça:
- 3 claras com espinafre (parece lama)
- Aveia com água (zero açúcar, zero gosto)
- Suco verde (couve + limão + gengibre – quase vomitei)
O Novak come isso? Se come, sinto pena. Mandei pra dentro pensando no bronze do Rafael Nadal pra me dar força.

Treino físico pesado: corri na esteira ouvindo música sérvia no talo. Sério, baixei umas playlist com nome em alfabeto russo. Só faltava quebrar a máquina de tanto aumentar inclinação. Meus pulmões queimavam igual pneu de fusca. Dica: NÃO olhe no espelho se você tá pingando suor feito torneira furada.
Hora da mágica mental: sentei no chão de pernas cruzadas tipo monge. Tentei “visualizar” meu saque perfeito. Meu vizinho bateu na parede porque eu tava cantando “vamos, seu fraco!” em sérvio imaginário. A meditação durou uns 4 minutos até começar a coçar o pé.
Dieta chata o dia todo:
- Almoço: arroz integral com frango SEM SAL (tragam meu frango com bacon)
- Lanche: batata doce fria (que nojo)
- Janta: peixe com brócolis (até meu gato fugiu do cheiro)
Passei vontade de mortadela o dia inteiro. O Novak sofre assim?

Resultado no “grande dia”
Antes da partida: cheguei no clube 2h antes. Fiquei pulando no lugar olhando pro chão. Os caras do campeonato amador riram quando bati bola com raquete “peneira” igual ele gosta.
Na quadra:
- Primeiro game: meu saque “visualizado” foi direto na rede. Tentei lembrar das posições de meditação, só que a bola me acertou na testa.
- Terceiro game: minhas pernas estavam mortas da corrida da véspera. Errei forehand fácil que nem minha sobrinha de 8 anos.
- Fim do primeiro set: tomei 6×1. Meu adversário ofereceu biscoito de polvilho. QUEBREI A DIETA PORRA.
Conclusão dolorida: tomei 6×1 e 6×2 em 40 minutos. Dói menos admitir – o problema não é a rotina do Djokovic. O problema é que eu sou só um Zé bunda querendo jogar como Deus do tênis. Amanhã volto pro meu pratão de arroz com feijão e minha soneca depois do almoço. Sérvio é Sérvio, gente. Cada macaco no seu galho.