Então, esses dias eu tava aqui pensando com meus botões e me veio a ideia de tentar fazer algo com o escudo do Corinthians. Sabe como é, a gente que gosta de fuçar, de meter a mão na massa, sempre arranja uma desculpa pra começar um projetinho.

Decidi que ia tentar desenhar o escudo. Não um desenho qualquer, queria entender os detalhes, ver se conseguia replicar direitinho no papel, talvez até digitalizar depois. Parecia simples na minha cabeça, afinal, a gente vê esse escudo em todo lugar, né?
Primeiro passo: a busca por referências. Fui procurar imagens boas, nítidas. E aí já começou a primeira peleja. Você acha um monte de versão! Umas mais antigas, outras estilizadas, umas com a cor um pouco diferente aqui e ali. Meio confuso, sabe? Qual era o “oficial” mesmo, o atual?
Depois de um tempo catando, achei umas versões que pareciam mais consistentes. Aí fui pro papel. Peguei o lápis, a borracha, régua nem adiantava muito por causa das curvas.
A prática do desenho
Comecei tentando fazer o círculo externo. Parece fácil, mas fazer um círculo perfeito à mão livre é um parto! Tentei umas três vezes até ficar mais ou menos.
Depois, fui pros elementos de dentro:

- A âncora e os remos cruzados: Tinha que acertar o ângulo, o tamanho de cada um. A âncora tem uns detalhes na ponta, os remos têm aquela parte mais larga… passei um bom tempo nisso. Apaga, desenha, apaga de novo.
- A bandeira de São Paulo no meio: As listras, o mapa… miniaturizar isso mantendo a proporção foi outro desafio.
- As letras “S C P” entrelaçadas e o “CORINTHIANS PAULISTA”: A fonte específica, o jeito que as letras se encaixam. Tentei copiar o mais fiel possível.
O que eu percebi nesse processo? Que o escudo é muito mais complexo do que parece à primeira vista. Não é só um desenho bonitinho. Cada partezinha ali tem um significado, conta uma história da origem do clube, da ligação com o remo, com o estado. Desenhar me fez prestar atenção nisso de um jeito diferente.
Lembrei de uma vez, anos atrás, tentando explicar pra um amigo gringo o que significava cada coisa no escudo. Ele ficou impressionado com a quantidade de elementos. Na hora eu só expliquei por cima, mas agora, tentando desenhar, senti o peso de cada detalhe.
Deu um trabalho considerável, viu? Mais do que eu imaginava. Meu desenho final não ficou nenhuma obra de arte, confesso. Tem umas tremidinhas aqui, umas proporções meio tortas ali. Mas o objetivo nem era esse.
O legal foi o processo. Foi pegar algo que a gente vê tanto e tentar entender de verdade, na prática, como ele é construído. Acabei ganhando um respeito ainda maior pelo símbolo. É complexo, cheio de história, que nem o próprio Corinthians. E fazer isso com as próprias mãos, mesmo que de forma amadora, conectou de um jeito diferente.