Olha, vou te falar, quando comecei a levar mais a sério essa história de jogar tênis, achei que era só pegar qualquer tênis de corrida que eu tinha no armário e tava tudo certo. Ledo engano, minha gente! Mal sabia eu a saga que ia começar só por causa do bendito calçado.

A Descoberta Dolorosa
No começo, era só diversão, bater uma bolinha aqui e ali. Mas aí, quando a coisa ficou mais frequente, meus pés começaram a gritar. Sério! Doía a sola, o calcanhar, e teve uma vez que quase virei o tornozelo de um jeito que vi estrelas. Percebi que aquele meu tênis guerreiro de academia não estava dando conta do recado nas quadras. Ele escorregava demais, não me dava firmeza nenhuma pra correr de um lado pro outro. Era um sufoco!
Fui pesquisar e conversar com quem já jogava há mais tempo e todo mundo falava: “Você PRECISA de um tênis específico para tênis feminino”. E aí começou a segunda parte da minha aventura, ou melhor, da minha dor de cabeça.
A Caçada Implacável (e Confusa) pelo Tênis Perfeito
Entrei numa loja de artigos esportivos e, nossa senhora, quase tive um treco. Era tanta opção, tanta marca, tanto modelo “feminino” que eu fiquei mais perdida que cego em tiroteio. E os vendedores? Cada um falava uma coisa!
Algumas das minhas confusões na época:
- “Esse aqui tem amortecimento X, ótimo para impacto!”
- “Mas esse outro tem a tecnologia Y, que te dá mais estabilidade na lateral!”
- “Para o seu tipo de pisada, melhor esse aqui.” (Oi? Que pisada?)
- “Esse é para quadra rápida, aquele para saibro…” E eu só queria jogar na quadra do clube!
Saí da primeira loja com a cabeça fervilhando. Decidi pesquisar na internet. Piorou! Mais opções ainda, vídeos e mais vídeos de “especialistas”, cada um com uma opinião diferente. Eu só queria um par de tênis confortável e que não me deixasse na mão (ou no pé, no caso).

Cheguei a comprar um modelo que uma amiga indicou, super bonito, aliás. Mas, pra mim, não rolou. Apertava aqui, folgado ali, e depois de dois jogos, meus dedos estavam pedindo socorro. Dinheiro jogado fora, e a frustração só aumentava. Pensei seriamente em desistir do tênis e voltar pro meu antigo amor, o sofá e a TV.
A Luz no Fim do Túnel (ou da Quadra)
Já estava quase jogando a toalha quando decidi tentar uma última vez, numa loja menor, mais especializada. O vendedor, um senhorzinho muito simpático que também jogava tênis, teve uma paciência de Jó comigo. Ele não tentou me empurrar o mais caro, mas me fez experimentar vários modelos, perguntou sobre como eu me sentia em quadra, que tipo de movimento eu fazia mais.
E aí, aconteceu. Calcei um par e, gente, parecia que tinha sido feito pro meu pé. Sério! Era confortável, abraçava o pé sem apertar, e quando dei uns pulinhos e umas corridinhas ali na loja mesmo, senti uma firmeza que nunca tinha sentido antes. Não era o mais bonito de todos, confesso, mas naquele momento, a beleza ficou em segundo plano.
O que eu finalmente aprendi que importava pra mim:
- Conforto acima de tudo: Nada de apertar ou sobrar.
- Estabilidade lateral: Essencial para as corridinhas laterais no tênis.
- Bom amortecimento: Para proteger as articulações do impacto.
- Solado adequado: Que me desse tração sem me prender na quadra.
Valeu a Pena a Luta!
No primeiro jogo com o tênis novo, parecia outra pessoa jogando. Me senti muito mais segura, conseguia alcançar bolas que antes eu nem tentava, e o melhor: terminei o jogo sem nenhuma dor! Foi aí que a ficha caiu de verdade sobre a importância de ter o equipamento certo, principalmente quando falamos de esporte feminino, que às vezes tem umas particularidades no formato do pé e tudo mais.

Então, se você tá aí, mulher, pensando em começar no tênis ou já joga e sofre com o calçado, minha dica de quem penou bastante é: não economize ou negligencie o tênis. Pesquise, experimente MUITOS, e encontre aquele que parece um abraço no seu pé. Faz toda a diferença, não só na performance, mas na saúde e no prazer de praticar esse esporte tão legal!