Então, galera, hoje vou contar como foi minha aventura tentando o tal do esqui cross country. Já aviso que não sou nenhum atleta olímpico, viu? Longe disso!
Como tudo começou
Estava lá, num lugar com neve, e vi uma galera deslizando nuns esquis fininhos, parecendo que estavam caminhando na neve. Pensei: “Ah, isso aí deve ser moleza, mais fácil que o esqui alpino, que você desce morro abaixo que nem um louco”. Doce ilusão, meus amigos, doce ilusão.
Fui lá todo animado alugar o equipamento. Os esquis são compridos e estreitos, e as botas prendem só na ponta. Já achei esquisito. Peguei os bastões, que são maiores que os de esqui normal, e me senti pronto pra desbravar a neve.
Os primeiros passos (e tombos)
Colocar aquilo no pé já foi uma pequena batalha. Depois, levantar. Parece fácil, né? Mas com aqueles gravetos compridos nos pés, o equilíbrio foi pro espaço. Dei o primeiro passo e… PÁ! Já estava eu testando a maciez da neve com a cara. Ri pra não chorar.
Um instrutor (acho que era instrutor, ou só um cara com boa vontade) me deu umas dicas básicas: “Flexiona o joelho”, “empurra com o bastão”, “alterna o movimento”. Na teoria, tudo lindo. Na prática, eu parecia um boneco desengonçado.
- Tentar deslizar: quase abri uma escala.
- Usar os bastões: enfiava na neve e eles afundavam, ou eu me desequilibrava mais ainda.
- Manter o ritmo: que ritmo? Era cada perna por si e Deus por todas.
Eu caí. Caí de lado, caí pra frente, caí sentado. Acho que explorei todas as formas de cair. A neve, felizmente, amortece bem. O orgulho nem tanto.
Pegando o “jeitinho” (ou quase)
Depois de um tempo, e muitos, mas muitos tombos, comecei a entender um pouco a mecânica. É um movimento de empurrar e deslizar, quase como se estivesse patinando, mas sem tirar o esqui do chão na maior parte do tempo. O segredo, me disseram, é achar o ritmo.
O problema é que o “trilho” que eles fazem na neve pra guiar os esquis às vezes sumia, ou eu simplesmente saía dele sem querer. Aí era tombo na certa de novo. E subir qualquer morrinho, por menor que fosse? Nossa senhora, que sufoco! Parecia que eu estava carregando um caminhão nas costas. Descobri músculos que nem sabia que existiam.
O suor começou a escorrer, mesmo com o frio. Aquilo cansa, viu? E cansa pra caramba. Não é só um passeiozinho elegante na neve como parece nos filmes.
Valeu a pena?
Olha, apesar dos pesares, dos tombos e do cansaço extremo, foi uma experiência… diferente. A paisagem geralmente é linda, tudo branquinho, um silêncio que só é quebrado pela sua respiração ofegante e pelo barulhinho dos esquis na neve.
No final do dia, eu estava exausto, dolorido, mas com aquela sensação de “eu consegui (sobreviver)”. Se eu faria de novo? Talvez. Mas com certeza com mais preparo físico e mental para os tombos.
Então, se você está pensando em tentar o esqui cross country, vá em frente! Mas vá preparado pra ralar um pouco e dar boas risadas de si mesmo. E não se engane: não é tão fácil quanto parece!