Pois é, minha gente, hoje vou contar uma daquelas experiências que a gente passa e pensa: “Guto, seu inocente!” Sabe como é, né? A gente acha que vai ser uma coisa, e a vida vem e dá aquela rasteira pra gente aprender.

O Início da Saga: Uma Simples Ideia
Tudo começou numa bela manhã de sábado. Eu estava aqui em casa, tranquilo, tomando meu café, quando olhei para um cantinho da sala que estava meio sem graça. Pensei comigo: “Ah, vou dar um jeito nisso rapidinho, colocar uma prateleira nova, uns enfeites, vai ficar show de bola”. Mal sabia eu a aventura que me esperava.
Fui todo animado na loja de material de construção. Comprei a prateleira mais bonita que achei, uns suportes que pareciam fortes, parafusos, buchas, aquela coisa toda. Voltei pra casa me sentindo o próprio mestre de obras. “Hoje eu me consagro”, pensei, com um sorriso de orelha a orelha.
Mãos à Obra: Onde a Inocência Começou a Ser Testada
Peguei a furadeira, toda aquela parafernália. Marquei na parede onde seriam os furos. Até aí, tudo parecia sob controle. Comecei a furar o primeiro buraco. A broca entrou macio, uma beleza. “Tá fácil demais!”, comemorei internamente. Que Guto inocente!
No segundo furo, a coisa começou a mudar. A parede parecia mais dura, a furadeira começou a trepidar, fez um barulho estranho. Dei uma forçadinha e… vixe! Senti que alguma coisa não estava certa. Quando tirei a broca, vi que tinha acertado alguma coisa metálica lá dentro. Gelei.
Pensei: “Será um cano? Um conduíte de energia?”. Aquele Guto confiante de minutos atrás já estava começando a suar frio. Olhei pra minha esposa, ela já estava com aquela cara de “eu avisei”, mesmo sem ter dito nada.

O Clímax da Inocência (ou da Burrice)
Ao invés de parar e investigar com calma, o que o Guto inocente fez? Decidiu que era só um “ferrinho” qualquer e tentou furar um pouco pro lado. Grande erro! Na nova tentativa, a broca escorregou, o furo ficou todo torto, a parede começou a esfarelar e, pra piorar, quando fui colocar a bucha, ela entrou frouxa demais. Aquele suporte ia ficar mais bambo que dente de leite.
Tentei de novo, em outro ponto. Mais um furo esquisito. A parede já estava parecendo um queijo suíço. A prateleira que era pra ser “rapidinho” estava virando um pesadelo.
- Primeiro, a marcação errada.
- Depois, o encontro com o “objeto não identificado” na parede.
- Aí, os furos tortos e esfarelados.
- E a minha paciência, ah, essa já tinha ido pro espaço.
Olhei para aquela cena: a parede toda esburacada, pó por todo lado, a prateleira no chão, e eu ali, coberto de poeira e frustração. Minha esposa só balançava a cabeça, segurando o riso.
A Lição do Guto (não tão) Inocente
No fim das contas, tive que tapar todos aqueles buracos com massa corrida, lixar, pintar de novo um pedaço da parede… um trabalho muito maior do que se eu tivesse chamado alguém que entendesse do assunto desde o começo, ou pelo menos tivesse pesquisado um pouco mais sobre como identificar canos e fiação na parede antes de sair furando tudo.
A prateleira? Ah, essa acabou sendo instalada por um profissional uma semana depois. Ficou ótima, firme, uma beleza. Mas a lembrança do Guto inocente tentando bancar o faz-tudo e quase destruindo a parede da sala, essa vai ficar pra sempre.

Então, fica a dica: às vezes, a gente quer economizar ou acha que dá conta, mas tem horas que o barato sai caro e a inocência nos prega peças. Aprender com os erros faz parte, né? Mas que dá uma vergonhazinha na hora, ah, isso dá!