Então, outro dia me peguei pensando sobre a história do remo. Sabe como é, a gente vê aqueles barcos na água, a galera se esforçando, mas raramente para pra pensar de onde veio tudo isso.
Tudo começou quando fui dar uma caminhada perto da lagoa aqui da cidade. Vi uns barcos bem antigos, de madeira, parados num canto de um clube náutico. Fiquei curioso. Não eram como esses modernos, fininhos, de fibra. Eram mais robustos, pareciam ter muita história.
Cheguei em casa e comecei a fuçar. Não fui direto na internet, não. Primeiro, lembrei que meu avô tinha uns álbuns de foto antigos. Fui remexer naquelas caixas empoeiradas. Achei umas fotos dele mais novo, com amigos, justamente num barco parecido com aqueles que vi. A roupa era diferente, o jeito de segurar o remo… tudo parecia mais… bruto, talvez?
Isso me animou. Fui atrás de conversar com gente mais velha lá do clube. Encontrei um senhor, seu Antenor, que rema desde garoto. Sentei pra ouvir ele contar. Ele falou que antigamente os barcos eram pesadões mesmo, feitos à mão, cada um com sua particularidade. Não tinha essa coisa de produção em massa.
Descobertas na Prática
Ele me contou umas coisas interessantes:
- Que o remo começou como necessidade, pra transporte mesmo, muito antes de ser esporte.
- Que as primeiras competições eram quase apostas entre trabalhadores, tipo pescadores ou barqueiros.
- Como os materiais foram mudando, da madeira maciça pra compensados, depois pras fibras de vidro e carbono.
- E o mais legal: ele disse que sentir a diferença de remar num barco antigo e num novo é como comparar um carro velho com um moderno. O antigo te conecta mais com a água, com o esforço puro.
Fiquei matutando sobre isso. Não cheguei a entrar num barco antigo pra remar de verdade, ainda não tive essa chance. Mas só de ouvir, de ver as fotos, de pegar um remo de madeira que seu Antenor me mostrou (bem mais pesado!), já deu pra sentir um pouco dessa história.
Não foi uma pesquisa formal, com livros e datas exatas. Foi mais uma coisa de sentir, de conversar, de conectar os pontos a partir do que eu vi e ouvi. Agora, quando vejo uma competição ou mesmo um treino, olho com outros olhos. Penso no trabalho que era antigamente, na evolução toda. É bacana saber de onde as coisas vêm, dá outro valor pra elas.
No fim, foi uma tarde bem gasta, essa de “investigar” a história do remo do meu jeito. Recomendo fazer isso com qualquer coisa que te despertar a curiosidade. Ir atrás, conversar, tocar se possível. A gente aprende mais assim do que só lendo por aí.