Olha, falar daquela Inter de Milão de 2010 me dá até um arrepio. Não foi só um time que ganhou tudo, foi uma jornada que eu acompanhei de perto, quase como um ritual.
Relembrando a Montagem da Máquina
Eu lembro bem do começo daquela temporada. A gente vinha de uns anos bons na Itália, mas faltava a Europa. Aí chegou o Mourinho, né? O cara já chegou falando grosso, arrumando a casa. Eu, como sou meio cético, fiquei com um pé atrás no início.
Mas aí fui vendo os jogos, a pré-temporada. Vi o time ganhando corpo. A defesa era uma parede:
- Júlio César no gol, pegando tudo.
- Maicon voando na direita.
- Lúcio e Samuel, dois zagueiros que mordiam.
- E o capitão Zanetti, né? Jogava em qualquer lugar, com a mesma raça de sempre.
No meio, Cambiasso era o cérebro ali atrás, e o Sneijder chegou pra ser o maestro. O cara pensava o jogo diferente. E na frente, Milito e Eto’o… que dupla! Um finalizador nato e um cara que corria o campo todo.
Minha Prática: Revivendo a Conquista
Aí veio a Champions League. Aquilo foi especial. Eu não perdi um jogo. Mas não era só sentar e torcer. Eu tinha uma mania na época: gravava as partidas mais importantes. Sim, em fita ainda! Era um trambolho, mas era o que tinha.
Com o passar dos anos, essas fitas ficaram guardadas. Recentemente, arrumando umas caixas velhas, achei elas. Deu uma nostalgia danada. Resolvi fazer um projeto pessoal: digitalizar e rever cada jogo daquela campanha na Champions.
Foi um trabalho de formiguinha. Conectei o videocassete antigo no computador, usei um programa pra capturar. Levou semanas! Mas o legal foi rever tudo com calma.
Fui pausando, anotando. Via o posicionamento tático, a disciplina dos caras. Como o time se fechava sem a bola, a velocidade pra sair pro ataque. O Mourinho na beira do campo era um show à parte, gesticulando, gritando. Era impressionante ver como ele conseguiu fazer aquele grupo acreditar.
Lembro de detalhes que na época passaram batido. A entrega do Eto’o marcando lateral, a inteligência do Milito se posicionando, a visão de jogo do Sneijder. Não era só talento individual, era um conjunto muito forte, muito focado.
O Resultado da Minha “Investigação”
No final das contas, o que sobrou? Um monte de arquivo de vídeo no meu HD e a confirmação de que aquele time foi especial. Não foi mágica, foi muito trabalho, muita estratégia e uma mentalidade vencedora que o Mourinho implantou.
Reviver aquilo tudo, mesmo que só pela tela, foi muito bacana. Deu pra entender melhor por que aquele time entrou pra história. Não era só jogar bola, era uma missão. E eles cumpriram. Ver aquilo de novo, com calma, me fez apreciar ainda mais aquele feito.
Hoje a gente vê futebol, torce, se emociona, mas uma temporada como aquela da Inter de 2010… difícil acontecer de novo daquele jeito. Foi único.