Pessoal, hoje eu quero falar sobre aquela vontade que a gente tem de melhorar no vôlei e sair do mesmo nível. Confesso que no começo, eu era ruim, viu? Bola ia longe, passava tudo torto… dava uma agonia só de lembrar! Mas resolvi virar esse jogo e testar umas coisinhas pra evoluir mais rápido. Anota aí como foi minha zoeira!
O começo da confusão toda
Tudo começou num dia desses que eu tava mais péssimo que de costume no treino. Toda bola que vinha, eu errava o saque ou deixava a recepção escapar. Fiquei com aquela fúria interior, sabe? Cheguei em casa e pensei: “Tá bom, já chega! Vou meter a cara nisso todo dia.” Mas por onde começar? Resolvi focar em duas coisas: recepção e saque. Isso aqui é o alicerce, não tem jeito.
Primeiro, peguei minha própria bola velha que tava encostada e saí pra um campinho perto de casa. Decidi que todo dia, sem falta, eu ia dedicar uns 40 minutinhos só pra treinar. Sem desculpa de cansaço ou que está quente demais. Peguei uma parede boa e simplesmente comecei a rebater a bola nela. Só isso. De frente, de lado, tentando controlar pra onde a bola ia voltar. Os primeiros dias? Foi um desastre! A bola voava pra todo lado, batia na parede errada, eu tinha que ficar correndo atrás… mas insisti.
O esquema da repetição insistente
Depois de uns dias apanhando pra parede, fui tentar um esquema diferente:
- Saque contra a parede: Marcava um ‘X’ com giz e tentava acertar ali toda vez. Ficava repetindo e repetindo o movimento do braço. Meu ombro doía? Doía pra caramba! Mas foi passando.
- Recepção com alvo: Peguei um caixote velho e coloquei num ponto do quintal. Daí ficava sacando pra mim mesmo e tentando fazer a bola cair exatamente dentro do caixote na recepção. Não adiantava só encostar, tinha que mandar pro ponto certo. Cara, como a bola fugia! Passou a semana inteira e quase não conseguia. Teve hora que achei que nunca ia acertar.
- Alongamento chato antes e depois: Isso aqui eu odiava, mas fazia. Dediquei uns 10 minutos antes pra soltar os braços e as pernas, e uns 5 depois, mesmo morrendo de preguiça. Faz diferença, viu? No outro dia eu acordo sem aquela dor horrível.
A parte que quase me fez desistir (mas não desisti!)
Depois de duas semanas treinando direto, tive um dia frustrante. Voltei pro treino com a galera cheio de expectativa, achando que ia arrasar… e errei TUDO. Fiquei puto comigo mesmo. Será que todo esse esforço era inútil? Conversei com o instrutor, um cara que manja muito, e ele me falou: “Calma, rapaz! Seu corpo tá aprendendo, mas demora pra fixar. Continua!”
Foi aí que entendi o lance: não basta só treinar, tem que treinar com a cabeça. Comecei a prestar mais atenção no movimento do próprio corpo enquanto fazia. Onde tava meu peso? Tô encarando a bola? Como tá minha postura na hora da recepção? Passei a gravar uns vídeos curtos com o celular do meu treino solitário pra ver o que tava errado. Nossa, quando eu vi o vídeo… que vergonha! Mas me ajudou muito a corrigir uns trejeitos esquisitos.
A luz no fim do túnel (e das bolas voando!)
Mais ou menos na terceira semana, começou a clarear. Num dia normal treinando sozinho, do nada… CLOC! O saque começou a acertar o “X” na parede direito. PLIM! A bola começou a entrar com mais frequência na caixa na hora da recepção. Parecia mágica! Fui pro treino com o pessoal e, pela primeira vez, consegui participar de um rally inteiro sem errar. Nem acreditei! O pessoal até comentou “Nossa, tá treinando hein?”
Moral da história, meus camaradas? Ninguém nasce craque. O negócio é:
- Escolher um ou dois pontos pra focar (não adianta querer tudo de uma vez).
- Treinar todo santo dia, nem que seja pouco, mas consistentemente. Parede é sua amiga!
- Não ter vergonha de ser ruim no começo – faz parte.
- Prestar atenção no corpo e ajustar os movimentos.
- Acreditar que vai dar certo mesmo nos dias que tudo parece dar errado.
Ah, e sim: continua doendo. Mas agora dói menos, e a satisfação de ver a melhora é mil vezes maior! É isso, galera. Mete as caras que vai dar bom!