Olha, quando comecei com tênis, foi um caos total. Eu via as jogadoras boas na TV e achava que ia pegar a raquete e sair mandando bala. Que nada, hein! Na primeira semana, quase dei um saque na nuca de um passarinho que tava no telhado do clube. Vergonhoso. Aí decidi: chega de improviso, vou atrás do básico mesmo.

Como eu resolvi aprender de vez
Falei com meu instrutor, um cara que já cansou de ver iniciante se perdendo. Ele falou direto: “Tu precisa fortalecer pernas e braço, e treinar coordenação. Se não, vai ficar só no sonho”. Peguei o conselho e comecei a testar exercícios simples todo dia. Foco foi meu mantra.
Os exercícios que realmente fizeram diferença
Aquecimento que não dá pra pular:
- Corrida leve: Fechava os olhos e dava uma corridinha besta no lugar, 2 minutinhos só. Parece bobo, mas meu corpo acordava!
- Girar os braços: Pra frente, pra trás, até sentir os ombros soltos. Doía? Sim, mas depois melhorava.
Treino de perna sem peso (pode agradecer depois):
- Agachamento só com o corpo: Ficava perto da parede pra não cair e ia descendo tipo sentar numa cadeira invisível. Comecei com 3 séries de 10, e quase não levantava na primeira.
- Equilíbrio numa perna só: Erguia uma perna e ficava assim 30 segundos. Caía mais que jogador de futebol fingindo lesão.
Praticando o movimento da raquete (antes mesmo da bola):
- Backhand e forehand no espelho: Pegava minha raquete velha e repetia o movimento devagar na frente do espelho. Parecia um robô quebrado, mas ajudou MUITO.
- Movimento de saque sem bola: Mandava umas 15 repetições lentas levantando o braço e girando o corpo. Minha sobrinha ria dizendo que parecia que eu tava abrindo um pote de azeitona.
Coordenando olho e mão (isso aqui salvou meu jogo):

- Rebater bola contra o muro: Não tem erro, mano. Pegava 50 bolas velhas e batia contra a parede do fundo do quintal. Ouvia os vizinhos reclamando do barulho? Claro, mas treino é treino.
- Jogar bola de tênis de uma mão pra outra: Parece brincadeira de criança? Sim, mas tentar com as duas mãos atrás das costas deixava meu cérebro derretido.
Como foi na prática e o que aprendi
Foi suor na certa. Nos primeiros dias, minhas pernas doíam tanto que descia escada de trás. Mas jurei fazer todo dia, mesmo que 20 minutinhos só. A mudança? Depois de umas 3 semanas fazendo esse mesmo treco, cheguei no treino e acertei um saque que o professor disse “Finalmente hein, garota!”. Fiquei tão feliz que quase bati na rede.
A verdade é que não adianta querer correr antes de aprender a rastejar. Esses exercícios besta criam fundação. Se tu não fortalecer as pernas e os braços e treinar os movimentos, nem a melhor raquete do mundo vai te ajudar. Comecei na mancada, mas aprendi: paciência e repetição. Agora o tênis virou vício bom, só falta parar de perder bolas no mato.