Olha, falar dos jogos do Corinthians no Brasileirão pra mim é quase um ritual, sabe? Não é só sentar e assistir, tem todo um processo que eu sigo, já virou mania mesmo.

Tudo começa na segunda-feira, às vezes até no domingo à noite. A primeira coisa que eu faço é catar a tabela do campeonato. Preciso saber o dia, a hora e contra quem o Timão vai jogar. Anoto na cabeça, às vezes até num papelzinho que fica perto da TV.
Depois disso, já começo a me organizar. Se o jogo é durante a semana à noite, eu já aviso em casa: “ó, tal hora tem jogo, não me inventa programa”. Se é no fim de semana, a mesma coisa. Tento deixar aquele horário reservado só pro jogo. É sagrado.
Chegou o dia do jogo… aí a coisa pega!
No dia mesmo, um pouco antes de começar, já vai batendo aquela ansiedade. Eu gosto de assistir em casa, tranquilo. Pego minha cervejinha, às vezes um amendoim, coisa simples. Não sou de muita frescura. Às vezes coloco a camisa, outras vezes não, depende do humor.
Aí começa o jogo… meu amigo, é uma montanha-russa de emoção.
- Xingo o juiz? Com certeza.
- Reclamo do passe errado? Toda hora.
- Comemoro o gol? Grito como se fosse final de Copa do Mundo, mesmo que seja só um jogo do começo do campeonato.
Não tem jeito, eu me envolvo mesmo. Fico ali ligado, comentando sozinho, gesticulando. A patroa às vezes até sai de perto, diz que fico muito nervoso.

Durante o jogo, fico de olho no celular também, vendo o que o pessoal tá falando nos grupos, espiando o resultado dos outros jogos que interessam pra tabela. Aquela conferida básica pra ver se os rivais tão tropeçando.
E quando acaba? Bom, aí depende. Se o Corinthians ganha, é alegria pura. Vou dormir leve, zoando os amigos que torcem pra outros times. A semana começa melhor.
Agora, se perde… aí o humor já muda. Fico quieto, remoendo as chances perdidas, os erros da defesa. Demora um pouco pra digerir. Mas faz parte, né? No próximo jogo, tô lá de novo, fazendo tudo igualzinho.
É isso. Pra mim, acompanhar o Corinthians no Brasileirão é essa rotina aí. Toda semana tem esse ciclo. Já são anos fazendo isso. É mais que futebol, já virou parte da minha vida mesmo.