Pois é, pessoal, hoje vou contar da minha última aventura: dar um confere na famosa Praia de Itaúna. Sabe como é, né? A gente ouve tanto falar de um lugar, “ah, Itaúna é o paraíso do surfe”, “ah, Itaúna tem uma vibe única”, que bate aquela curiosidade monstra.
Então, decidi eu mesmo tirar a prova dos nove. Juntei minhas tralhas, um short velho, chinelo e protetor solar, e peguei a estrada. Aquela coisa de sempre, um pouco de trânsito pra dar emoção na chegada, mas faz parte do ritual, né? O importante era chegar e ver qual era a real de Itaúna, sem filtro.
Chegando em Itaúna: O Primeiro Impacto
Quando finalmente botei os pés lá, vou te dizer, a primeira coisa que senti foi a maresia forte batendo no rosto com vontade. Um cheiro de mar de verdade, sabe? Não aquele cheirinho tímido de praia de cidade grande. E o barulho das ondas… ah, esse sim já anunciava que o negócio ali era sério, que a natureza mandava no pedaço.
A cidadezinha de Saquarema, aliás, que fica ali abraçando Itaúna, tem seu charme rústico. Casinhas simples, umas pousadinhas com cara de casa de vó, um ar de lugar que ainda não foi totalmente engolido pela muvuca turística desenfreada, pelo menos fora da altíssima temporada. Gostei muito disso. Menos frescura, mais autenticidade, do jeito que eu curto.
A Praia em Si: Areia, Mar e a Galera do Surfe
Vamos ao que interessa de verdade: a praia. Areia fofa que afunda o pé gostoso, uma faixa bem extensa pra caminhar à vontade, daquelas que cansam as pernas mas limpam a mente. E o mar? Bravo, meu amigo, bravo que só vendo! Não é à toa que chamam de Maracanã do Surfe, né? As ondas vêm com uma força que impressiona, quebrando com um estrondo que ecoa. Fiquei um tempão só observando a galera na água. É um balé arriscado e bonito de ver, pranchas deslizando, gente muito corajosa (ou doida, no bom sentido!) porque olha, tem que ter muita manha.
Pra quem não surfa, como eu que sou mais da turma do “molhar os pés e correr quando a onda grande vem”, ainda assim vale muito a pena. A energia do lugar é diferente, é vibrante. E tem uns cantinhos mais tranquilos também, se você procurar bem, especialmente no canto esquerdo, perto da igreja.
Algumas coisinhas que reparei e anotei mentalmente por lá:
- A galera do surfe é muito na dela, uma concentração que dá gosto de ver. Focada nas ondas, no vento. Respeito total pela dedicação.
- Tem quiosque pra tomar uma água de coco geladinha e comer um peixinho frito na hora, claro. Alguns mais arrumadinhos, com música ambiente, outros bem mais simples, pé na areia mesmo. Escolha o seu, o importante é relaxar.
- O pôr do sol… ah, o pôr do sol em Itaúna é um espetáculo à parte, daqueles de cinema. Se puder, fique pra ver, sem pressa. Vale cada segundo, cada mosquito que tentar te picar.
- Leve canga e guarda-sol, porque sombra natural é artigo de luxo por ali na beira da praia.
Não vou mentir pra vocês, não é aquela praia pra levar criança pequena e esperar um mar piscina, tipo lagoa, tá? O repuxo é forte em várias partes, as ondas podem ser traiçoeiras pra quem não conhece. Mas pra quem curte a natureza mais selvagem, pra quem gosta de sentir a força do oceano e sair com o cabelo cheio de sal, é o lugar perfeito.
Fiquei lá batendo perna pra lá e pra cá, pensando na vida, vendo o tempo passar sem aquela correria de cidade. Comi um açaí caprichado numa tigela que parecia um balde, conversei com um vendedor de mate gente boa que me contou umas histórias engraçadas do dia a dia da praia. Essas coisas simples, sabe? São elas que realmente fazem a viagem valer a pena, que ficam na memória.
No final das contas, Itaúna entregou o que prometia e mais um pouco: ondas de respeito, uma beleza natural que enche os olhos e uma tranquilidade que recarrega qualquer bateria. Não é frescura, não é só fama de surfista. O lugar tem alma, tem uma batida própria. E pra quem busca essa conexão mais bruta e verdadeira com o mar, é tiro certo, não tem erro.
Se eu voltaria? Rapaz, já tô vendo quando arrumo uma folga de novo! Talvez pra tentar, quem sabe, pegar uma aulinha de surfe e pagar uns micos na espuma. Ou talvez só pra sentar na areia, sentir aquela maresia forte de novo e ver o sol se pondo mais uma vez. Porque tem lugares que simplesmente grudam na gente, né? Itaúna, com certeza, é um deles pra mim.
