Chegando lá com minha prancha
Peguei meu carro cedão rumo a Nazaré, todo empolgado com a ideia de pegar umas ondas. Chegando na praia, meu queixo quase caiu no chão. As ondas eram tipo prédios andando, sério, nunca vi coisa assim na vida. Pensei: “cara, será que meu surfinho meia-boca vai dar conta disso aqui?”
Primeiras tentativas na água
Coloquei aquele colete salva-vidas colorido, agarrei minha prancha e fui entrando. A água tava gelada pra cacete, e a corrente já me puxou que nem brincadeira antes mesmo de chegar onde quebra. Quando a primeira onda veio, nem deu tempo de reação – virou um liquidificador de areia e espuma. Cuspi metade do oceano e segurei a prancha como se fosse salvação.
- Tentei remar pra pegar uma onda menor: a prancha voou pra trás que nem foguete
- Fiquei em pé por 2 segundos: escorreguei que nem sabão e levei um tombo épico
- Terceira investida: engoli mais água que peixe, tive que nadar pra areia pra não afundar
O que os locais me ensinaram
Um velho surfista de cabelo branco me viu penando e gritou: “Ô moço, aqui é rinha de tubarão!”. Ele me puxou pro calçadão e me deu a real:
- Nazaré NÃO É pra iniciante – as correntes puxam pra debaixo da onda gigante
- Os fundos são cheios de pedras, se cair errado pode dar ruim feio
- Maioria dos “iniciantes” que vêm aqui só ficam na beirada tirando foto
Dicas que salvariam meu couro
Se você é teimoso como eu e quer tentar mesmo assim:
- CONTRATA UM INSTRUTOR LOCAL – sério, eles sabem os horários e cantos menos perigosos
- Esquece tuas roupas de surf bonitonas – usa roupa de borracha grossa mesmo
- Vai só nos dias de onda “pequena” (que aqui ainda são monstruosas)
- Fica só na espuminha no início, nem pensa em remar pro meio
- Quando cansou, SAI DA ÁGUA – cansaço aqui pode matar
No fim, acabei surfando só na espuma perto da areia e foi o máximo que consegui. Melhor parte? Tomar uma cerveja depois ouvindo as histórias dos caras que realmente encaram essas paredes de água. Nazaré é show de ver, mas pra aprender surf? Melhor ir pra praias menos bravas.