Comecei pela torcida
Primeiro, botei o pé nas redes sociais pra ver o clima. Meti o olho nos grupos de WhatsApp e tweets da galera. Tinha um monte de cruzeirense puto com a sequência sem vitória, outros tentando achar esperança nos detalhes. Anotei tudo que via nos comentários – desde “time sem sangue” até “na próxima a virada vem”.

Fui catar os números
Abri o app de estatísticas no celular, quase travou de tanta aba aberta. Olhei:
- Últimos 5 jogos do Cruzeiro: 3 empates, 2 derrotas (puta merda)
- Gols sofridos depois do 70º minuto: 4 (quase me deu um troço)
- Cartões amarelos do adversário: média de 3 por jogo (isso pode ser crucial)
Checagem de desfalques
Lembrei que o Matheus Pereira tava com aquela lesão chata. Corri atrás do boletim médico oficial – ainda em fase de transição, não ia pra campo nem fudendo. Mas descobri que o Zé Vitor tava treinando normal depois da suspensão. Isso mudou meu cálculo todo.
Depois fucei o elenco adversário. Tinha um meia importante deles com dores musculares, mas os caras esconderam bem. Só descobri vendo os stories de um massagista que segue meu perfil (valeu algoritmo!).
Analisei o jogo anterior de novo
Passei a madrugada vindo replay em câmera lenta, quase fiquei vesgo. Reparei num detalhe doido: toda vez que o Wesley tentava cruzamento pela esquerda, o lateral adversário ficava igual barata tonta. Anotei na minha lista: “explorar lado direito PRA CARALHO”.
Juntei tudo na minha cabeça
Peguei meu caderno de capa rachada e risquei:

- Vantagem: Volta do Zé Vitor + torcida pressionando em casa
- Desvantagem: Bagre dos atacantes não acertam chute em gol nem com reza
- Chance real: Se segurarem o primeiro tempo, ganham no sufoco. Se tomarem gol cedo, vão pro buraco.
Minha previsão de otário
Chutei 2 a 1 pro Cruzeiro, com gol no apagador. Mas botei uma observação grandona: “Se o técnico insistir em escalar o Rafael Cabral, pode colocar a mão no fogo que toma gol bobo”. Adivinha? No dia seguinte o cara anunciou a escalação e o maluco tava lá de novo. Quase joguei o café na parede.
No fim acertei o resultado mas errei o jogador decisivo. O tal do Zé Vitor que nem tava no meu radar fez o gol da vitória aos 89. Moral da história: estatística serve pra nada quando é hora da raça. Cruzeiro sabe sofrer mas também sabe arrancar sangue quando precisa.