Como essa paixão pelos Jordan começou e onde me levou
Olha, vou te falar que essa história de “Jordan Loving” não nasceu do dia pra noite comigo não, viu? No começo, lá pra trás, eu nem ligava muito pra tênis. Usava o que era confortável e barato, sabe como é? Via a molecada toda babando nos Jordan, mas pra mim era só um tênis caro e chamativo. Achava um exagero, pra ser sincero.
Aí, um belo dia, um amigo meu, fanático por basquete e pela cultura sneaker, começou a me mostrar uns modelos, contar as histórias por trás de cada um. Ele tinha uma paciência de Jó, o coitado. Mostrava os Jordan 1, falava do “Bred”, do “Chicago”, do impacto que o Michael Jordan teve não só no esporte, mas na moda. Eu, cético, só ouvia.
A virada de chave
O que realmente me pegou foi quando vi um documentário sobre o próprio Michael Jordan. Não o “Arremesso Final”, um mais antigo. A mentalidade do cara, a dedicação, a história de superação… aquilo mexeu comigo. Aí comecei a olhar os tênis com outros olhos. Não era só um calçado, era um pedaço da história, um símbolo de tudo aquilo.
Decidi que queria experimentar. Mas qual pegar? Eram tantos! E os preços? Nossa Senhora! Fui pesquisar, entrei em uns grupos, comecei a entender um pouco mais sobre os lançamentos, os “colorways”, o hype. Era um mundo completamente novo.
Minha primeira caçada (e quase desisti)
Lembro que o primeiro que eu cismei de querer foi um Jordan 4. Vi umas fotos, achei o design incrível. Aí começou a saga: descobrir data de lançamento, onde ia vender, como funcionava. Descobri que não era só chegar na loja e comprar. Tinha sorteio, fila virtual, uma confusão danada.
- Tentei o primeiro lançamento online: Acordei cedo, fiquei na fila virtual, e quando chegou minha vez… esgotado. Frustração total.
- Fui atrás de revendedores: Os preços eram absurdos, quase o dobro, triplo. Desanimei.
- Conversei com gente que entendia: Me deram umas dicas, falaram pra ter paciência, que uma hora aparecia uma oportunidade.
Pensei seriamente em largar mão. “Isso não é pra mim”, eu dizia. “Muito complicado, muito caro”. Mas aquela sementinha já tinha sido plantada, sabe?
A primeira conquista e o que veio depois
Um tempo depois, apareceu uma oportunidade. Um colega de um desses grupos estava vendendo um Jordan 1 Mid, um modelo mais acessível, usado poucas vezes, por um preço justo. Não era o 4 que eu queria de início, mas era um Jordan! Fechei negócio. Quando o tênis chegou, abri a caixa, calcei… Cara, é diferente. Não sei explicar. Tem um peso, uma história ali no pé.
A partir daí, comecei a apreciar mais. Passei a estudar os detalhes, as costuras, os materiais. Comecei a entender as diferenças entre os modelos, o porquê de alguns serem tão cobiçados. E, claro, comecei a querer outros.
Hoje, não me considero um colecionador hardcore, daqueles que têm centenas de pares. Tenho alguns que gosto muito, cada um com uma pequena história de como consegui. Alguns foram na raça, em lançamentos, outros garimpando em grupos, trocando ideia com a galera. O “Jordan Loving”, pra mim, virou mais do que só ter o tênis. É sobre a comunidade, a história, a busca. É sobre apreciar o design e o legado.
E quer saber? Aquela frustração inicial com o Jordan 4? Acabei conseguindo um, tempos depois, numa troca bem bacana com outro entusiasta. No fim das contas, essa jornada toda me ensinou a ter paciência e a valorizar cada conquista, por menor que seja. E é isso que eu queria compartilhar hoje com vocês. Não é fácil, mas a satisfação de finalmente ter aquele par que você tanto queria, ah, isso não tem preço.