Então, né, sobre essa ida ao Arpoador hoje… acordei meio sem rumo, olhei pela janela e pensei: “Quer saber? Vou lá ver qual é a do Arpoador.” Fazia um tempinho que não pisava por aquelas bandas só pra curtir, sem pressa.

Peguei minhas tralhas, aquele básico de sempre, e fui. O caminho já anunciava o que esperar: um trânsitozinho chato aqui, uma galera já animada ali. Normal pro Rio, né?
Chegando na Pedra Mais Famosa
Quando finalmente botei o pé na areia, ou melhor, perto das pedras, vi que a muvuca já tava formada. Não era pra menos, o dia tava pedindo praia. Mas hoje, sei lá, tinha uma coisa diferente no ar. Talvez fosse só eu, mas parecia menos caótico que das últimas vezes.
Fui andando, procurando um cantinho pra me ajeitar. E aí comecei a reparar nas coisas, sabe?
- A molecada do surf, uns mais experientes, outros tomando caldo atrás de caldo, mas com aquele sorriso no rosto.
- Os gringos, ah, os gringos… tentando tirar AQUELE ângulo pra foto do pôr do sol, mesmo que o sol ainda tivesse alto. Já vi esse filme mil vezes.
- As famílias com criança, aquela correria gostosa, baldinho pra cá, castelinho de areia pra lá.
- E claro, os casais, né? Sempre tem os casais aproveitando o visual.
Sentei ali num espacinho que achei e fiquei só de boa, observando. O barulho do mar batendo nas pedras, aquela conversa toda ao redor. É engraçado como no meio de tanta gente, às vezes a gente consegue se sentir em paz.
A Hora Mágica do Pôr do Sol
Aí o sol começou a querer se esconder. E, meu amigo, que espetáculo. Não importa quantas vezes eu veja, o pôr do sol no Arpoador é sempre uma pancada. O céu foi mudando de cor, um laranja, um rosa, um roxo… coisa de filme. E a galera? Começou aquela salva de palmas clássica. Tem quem ache brega, mas eu acho da hora. É um reconhecimento, um agradecimento por aquele momento.

Hoje, por algum motivo, as palmas pareceram mais… sentidas? Ou talvez, como eu disse, era eu que tava precisando ver as coisas com outros olhos. Não tinha tanto vendedor gritando no meu ouvido, o que já ajudou bastante na experiência, preciso confessar.
Fiquei ali até o sol sumir de vez. Aquela brisa batendo, o cheiro de mar. Dei uma boa respirada funda. Sabe aquela sensação de “recarregar as energias”? Foi tipo isso. Simples, mas poderoso.
Depois, levantei, bati a areia da roupa e comecei a caminhada de volta. A galera ainda tava por ali, curtindo o restinho de luz, o comecinho da noite.
No fim das contas, o Arpoador hoje me surpreendeu. Mesmo sendo um lugar que a gente já conhece de cor e salteado, sempre tem uma coisinha nova pra mostrar, ou uma sensação diferente pra despertar. Valeu a pena ter saído de casa sem muito plano. Às vezes é disso que a gente precisa.