Bom, hoje eu queria contar um pouco sobre uma ida recente que fiz pra Saquarema, especificamente pra ver e sentir aquelas ondas famosas de perto. Não sou nenhum surfista profissional, longe disso, mas gosto de me aventurar de vez em quando e, principalmente, de observar a força do mar.

A Decisão e Preparativos
Tudo começou numa quinta-feira à noite, vendo umas fotos antigas. Me bateu uma vontade de pegar a estrada no fim de semana. Pensei: “Por que não Saquarema?”. Fazia tempo que não ia lá. Sexta de manhã, já comecei a me organizar. Peguei minha prancha longboard, que estava empoeirada no canto da garagem, dei uma limpada básica. Verifiquei a previsão do tempo e das ondas, parecia que ia estar bom, com um swell chegando.
Coisas que separei rapidinho:
- A prancha e a cordinha (leash).
- Parafina nova, porque a velha já era.
- Roupa de borracha, mesmo não estando tão frio, mas pra garantir.
- Toalha, protetor solar e água. O básico mesmo.
Não sou de muita frescura, jogo tudo no carro e parto.
Chegando Lá e o Mar
Peguei a estrada no sábado bem cedo pra evitar o trânsito. A viagem foi tranquila, ouvindo música e pensando na vida. Chegando em Saquarema, fui direto pra Praia de Itaúna, que é onde o negócio geralmente acontece. Estacionei o carro e fui dar uma olhada no mar.
A primeira impressão: o mar estava grande, sim. Não gigante, mas com um tamanho considerável, especialmente pra mim que sou mais do “rolê” do que da performance. As ondas vinham em séries demoradas, mas quando entravam, eram fortes e com boa formação lá fora. A água tinha aquela cor verde escura típica dali. Tinha bastante gente na água já, alguns surfistas muito bons, dava gosto de ver.

A Prática: Tentando Pegar Alguma Coisa
Fiquei um tempo ali na areia, criando coragem e observando o ritmo das séries. Passei parafina na prancha, coloquei a cordinha no pé e respirei fundo. Entrei na água. A primeira dificuldade foi passar a arrebentação. Tomei umas duas ondas na cabeça logo de cara, água salgada entrando pelo nariz, aquela coisa toda. Faz parte, né?
Depois de uns bons minutos remando, consegui chegar lá fora, onde o pessoal estava esperando as ondas. Fiquei ali, tentando me posicionar. Remava pra uma, via que não ia dar, voltava. Remava pra outra, a onda fechava rápido demais. É preciso ter leitura de onda, e isso a gente só pega praticando mesmo.
Vi uns caras pegando umas ondas muito boas, fazendo manobras. Eu estava mais na minha, só querendo sentir a deslizada da onda. Depois de um bom tempo, consegui pegar uma onda média. Não foi nada espetacular, desci reto, mas a sensação de deslizar na parede daquela onda de Saquarema foi demais. Consegui pegar mais umas duas ou três menores depois disso. Cansa bastante, remar contra a correnteza e a força das ondas exige muito.
Fim do Dia e Conclusão
Fiquei na água até sentir os braços pesados, o corpo pedindo descanso. Saí, sentei na areia, comi um biscoito que tinha levado e fiquei ali, vendo o sol começar a baixar. É impressionante a energia daquele lugar. Mesmo tomando uns caldos e pegando poucas ondas, a experiência de estar ali, no meio daquela natureza potente, já valeu cada segundo.
Voltei pra casa cansado, mas com a cabeça leve. Saquarema tem umas ondas que exigem respeito, não é pra qualquer um chegar e sair pegando tudo. Mas pra quem gosta de mar, de desafio e de sentir a energia do surf, mesmo que só um pouquinho, é um lugar especial. Foi uma prática simples, mas que me reconectou com o mar e comigo mesmo. Recomendo a experiência pra quem curte essa vibe.