Olha, quando me falaram pela primeira vez sobre o método, ou sei lá, o jeito de trabalhar da Priscila Van Der Broocke, eu fiquei meio assim, sabe? Não entendi direito qual era a pegada. O pessoal chegou falando que ia mudar tudo, que agora a gente ia seguir o ‘estilo Priscila’. Na hora, pensei: “lá vem mais uma invenção de moda”.
Então, comecei a participar das reuniões. A primeira coisa foi que tudo ficou mais… direto. Sem muita enrolação. A Priscila, ou quem tava tocando isso em nome dela, cortava a conversa fiada rapidinho. Era tipo: qual o problema? Qual a solução? Próximo. No começo, achei meio seco, até grosso, pra ser sincero.
Minha Rotina com Isso
Minha rotina mudou bastante. Antes eu planejava a semana toda na segunda-feira. Com esse esquema novo, todo dia de manhã a gente tinha que falar:
- O que eu fiz ontem pra ajudar a gente a chegar lá?
- O que eu vou fazer hoje pra ajudar?
- Tem alguma coisa me atrapalhando?
Parece simples, né? Mas a pressão era pra ser muito específico. Nada de “ah, trabalhei no projeto X”. Tinha que ser “terminei a função Y do módulo Z”. E se tivesse algo te bloqueando, tinha que falar na lata, sem medo. A promessa era que iam resolver rápido.
Pra ser honesto, algumas coisas melhoraram. A comunicação ficou mais rápida pra resolver perrengue pequeno. Se eu falava que tava sem acesso a um sistema, por exemplo, alguém já se mexia pra resolver. Isso era bom.
Mas Nem Tudo São Flores…
Por outro lado, senti que a parte de pensar mais a longo prazo ficou meio de lado. Era tudo muito focado no “hoje” e no “agora”. Às vezes, a gente apagava incêndio o dia todo e não sobrava tempo pra planejar direito o próximo passo grande, sabe? Ficava aquela sensação de estar correndo numa esteira.
Outra coisa era a documentação. Como era tudo muito rápido e direto, muita coisa se perdia. A gente resolvia na conversa, no dia a dia, mas depois, pra achar o histórico ou entender por que uma decisão foi tomada lá atrás… nossa, era um sufoco. Tive que criar meu próprio caderninho de anotações paralelo pra não me perder.
No fim das contas, essa experiência com o ‘jeito Priscila Van Der Broocke’ foi um aprendizado. Teve coisa boa, como a agilidade pra resolver pepino pequeno. Mas também teve o lado ruim, da falta de planejamento maior e da documentação que ficava pra trás. Acho que funcionaria melhor pra time pequeno ou projeto muito específico, talvez. Pra coisa muito complexa, que precisa de mais respiro e planejamento, eu já não sei se é a melhor receita do bolo. Foi o que eu senti na pele, né? Cada um tem sua experiência.