E aí, pessoal! Beleza? Hoje vou contar um pouco da minha experiência com o que eu chamo de “programação f2”, mas calma, não é nenhum framework novo ou linguagem mirabolante, não. É mais uma filosofia de trabalho, uma prática que adotei e que me ajuda um bocado no dia a dia.

O Começo da Agonia (ou a Falta do F2)
Tudo começou quando peguei um projeto legado pra dar manutenção. Sabe aqueles códigos que parecem que foram escritos em aramaico antigo? Pois é. Eu abria um arquivo e ficava minutos tentando entender o que uma variável chamada xpto_final_agora_vai queria dizer. Funções com nomes genéricos tipo processa_dados() que faziam mil coisas ao mesmo tempo. Era um pesadelo!
Eu lembro que nas primeiras semanas, eu passava mais tempo tentando decifrar o código do que realmente codando alguma funcionalidade nova ou corrigindo um bug. Era frustrante. Cada pequena alteração era um risco, porque eu não tinha segurança do que aquele trecho de código realmente fazia ou impactava.
A Descoberta do Poder do “Renomear”
Foi aí que o simples ato de renomear as coisas começou a fazer uma diferença brutal. A tecla F2 (ou o comando equivalente na IDE) virou minha melhor amiga. Eu comecei, metodicamente, a vasculhar o código e a dar nomes significativos para variáveis, funções, classes… tudo!
- Aquela variável data_calc virou dataCalculoVencimentoFatura.
- A função faz_tudo() foi quebrada em várias menores como buscarUsuarioNoBanco(), validarPermissoesUsuario(), gerarRelatorioAcesso().
Parece bobagem, né? Perder tempo renomeando coisas. Mas, cara, a clareza que isso trouxe foi absurda. De repente, o código começou a se auto-documentar. Eu batia o olho e já tinha uma ideia muito melhor do que estava acontecendo ali.
O Processo e as Dificuldades
Não vou mentir, no começo foi um porre. Era um trabalho meio braçal, especialmente em arquivos gigantescos. Tinha que ter cuidado pra não quebrar nada ao renomear, usando as ferramentas de refatoração da IDE pra garantir que todas as referências fossem atualizadas.

Pensa comigo: você pega uma função que é chamada em uns 15 lugares diferentes. Se você renomeia na mão e esquece um, já era. Então, o uso correto da ferramenta de “rename” da IDE foi crucial. Eu selecionava o nome antigo, apertava F2 (ou clicava com o botão direito e ia em “Refactor” > “Rename”), digitava o nome novo e deixava a IDE fazer a mágica de atualizar em todos os lugares.
Muitas vezes, antes de renomear, eu precisava entender profundamente o que aquele pedaço de código fazia. Então, eu depurava, lia os comentários (quando existiam e faziam sentido), e às vezes até rodava testes unitários pra ter certeza da responsabilidade daquele trecho.
Os Resultados e a “Filosofia F2”
Depois de algumas semanas nesse batidão de “faxina”, o projeto era outro. A manutenção ficou incrivelmente mais fácil. Quando um bug aparecia, era muito mais rápido encontrar a causa raiz. Novas funcionalidades eram implementadas com mais segurança.
E foi aí que nasceu minha “filosofia f2”: a prática constante de manter o código legível através de nomes claros e significativos. Não esperar o código virar um monstro pra depois tentar arrumar. É um trabalho contínuo.
Hoje em dia, quando estou escrevendo um código novo, já penso muito bem nos nomes que vou dar. Gasto uns segundos a mais ali, na hora de criar uma variável ou função, pra escolher um nome que realmente descreva o seu propósito. E se percebo que um nome não ficou bom, ou que a responsabilidade de algo mudou, eu não hesito: F2 nele!

Pode parecer simples, e é. Mas o impacto disso na produtividade e na sanidade mental da gente, programador, é gigante. Fica a dica aí pra quem ainda não deu a devida atenção a esse “pequeno grande detalhe”. Às vezes, as ferramentas mais simples, quando bem usadas, são as que trazem os maiores benefícios.