E aí, pessoal! Beleza? Hoje eu quero compartilhar com vocês uma empreitada que me deu um baita orgulho, mas também um trabalho danado: montar uma quadra de basquete do zero, aqui no fundo de casa.
A ideia surgiu meio que do nada, vendo a molecada sem ter onde bater uma bola direito, sabe? Aí pensei: por que não? Espaço tinha, vontade também. O que faltava era botar a mão na massa.
Primeiros Passos: Do Sonho ao Suor
Primeira coisa foi pegar a trena e medir tudo. Vi que dava pra fazer uma meia quadra legal, ou quase isso. Fiz uns rabiscos num papel, tipo um projeto bem caseiro mesmo, pra ter uma noção.
Depois veio a parte chata: limpar o terreno. Tinha de tudo um pouco ali, mato, pedra, umas tranqueiras velhas. Foi um dia inteiro só catando e carregando coisa. As costas moeram, viu?
Aí o desafio era nivelar. O terreno era meio caído prum lado. Tive que cavar um pouco aqui, aterrar ali. Usei umas estacas e um nível de pedreiro pra tentar deixar o mais reto possível. Isso é crucial, senão a bola corre pra onde não deve.
Mão na Massa: O Concreto e a Estrutura
Decidi fazer a base de concreto. Parecia mais durável. Primeiro, montei uma caixaria de madeira em volta, pra segurar o concreto no lugar certo. Deu um trabalhão pra deixar tudo no esquadro.
Antes do concreto, joguei uma camada de brita por baixo, pra ajudar na drenagem e deixar mais firme. Depois, chegou a hora H: o concreto. Essa parte foi tensa. Não dava pra fazer sozinho nem a pau. Chamei uns amigos, fizemos aquela mistura na betoneira alugada – cimento, areia, pedra – e fomos espalhando. Braço doeu pra caramba, mas a gente ia se revezando.
Espalhar e alisar o concreto pra ficar bom não é moleza. Usamos umas réguas de alumínio compridas. E depois, paciência pra esperar secar e curar direitinho. Uns bons dias de molhar pra não rachar.
Subindo a Tabela: O Coração da Quadra
Enquanto o concreto curava, fui atrás da tabela e do aro. Comprei um poste daqueles de fincar no chão, porque queria algo bem firme.
Aí foi outra novela: cavar o buraco pro poste. Tinha que ser fundo e bem feito. Coloquei o poste no prumo, enchi de concreto em volta e esperei secar de novo. Não pode ter pressa nessa hora, senão a tabela fica bamba e já era a brincadeira.
Depois de uns dias, com o poste firme que nem rocha, foi a vez de montar a tabela e o aro. Medir a altura certinha, 3 metros e 5 centímetros do chão até o aro, padrão, né? Apertar todos os parafusos com força.
Dando Cor e Forma: A Pintura das Linhas
Com a quadra pronta e a tabela no lugar, faltava o principal pra parecer quadra de verdade: as linhas! Esperei o concreto estar bem seco mesmo, tipo umas semanas depois de tudo, pra tinta pegar legal.
Comprei uma tinta especial pra piso, que aguenta o tranco e não fica escorregadia. Primeiro, dei uma mão geral numa cor base.
Aí veio a parte da paciência: marcar as linhas. Linha do lance livre, garrafão, linha de três pontos… Usei muita fita crepe e trena. Mede aqui, estica a fita ali, confere de novo. É um trabalho minucioso pra ficar retinho e nas medidas certas. Qualquer erro fica feio pra caramba.
- Primeiro, marquei as linhas laterais e de fundo.
- Depois, o círculo central e a linha do meio campo.
- Por último, o garrafão e a temida linha de três. Essa deu um baile pra fazer o arco certinho!
Pintei com rolinho e pincel pequeno nos cantinhos. Duas demãos pra cor ficar forte. E esperar secar de novo!
Finalmente! Bola em Jogo!
Depois de tanta ralação, colocar a redinha no aro foi tipo a cereja do bolo. Olhar praquilo tudo pronto, feito com o próprio suor (e dos amigos, claro!), foi uma satisfação enorme.
A primeira partida foi demais! A molecada adorou, os vizinhos vieram olhar. De vez em quando a gente junta uma galera aqui pra um bate-bola. Valeu cada gota de suor e cada dor nas costas.
Então é isso, galera. Se alguém aí tá pensando em encarar uma dessas, saiba que dá trabalho, mas o resultado compensa demais. É um espaço de lazer que fica pra família toda. E, vou te falar, não tem preço ver a alegria da garotada jogando ali.