Pois é, outro dia me peguei pensando nessas coisas do atletismo, sabe? Aquela galera que corre, salta, arremessa… Fico olhando e pensando nas manias, nas regras doidas que só eles entendem, nas ‘curiosidades’ mesmo que rolam por trás das competições.
Lembro de uma época que eu mesmo, sem ser atleta nem nada, entrei numa pira de disciplina meio parecida. Não era pra ganhar medalha, longe disso. Foi quando decidi, por conta própria, que ia entender de verdade como funcionava a feira livre aqui perto de casa. Mas não só ir lá comprar pastel, não. Eu queria entender a logística da coisa, na minha cabeça maluca.
Minha ‘Investigação’ na Feira
Então, olha só o que eu inventei:
- Acordar de madrugada: Eu ia pra rua antes do sol nascer, só pra ver os feirantes chegando, descarregando caminhão, montando barraca. Queria pegar o processo todo.
- Anotar tudo: Leveva um caderninho, coisa de doido mesmo. Anotava quem chegava primeiro, como montavam, de onde vinham as frutas e verduras (pelo menos o que eles diziam, né?).
- Conversar com o pessoal: Tentava puxar papo, entender as ‘tretas’ entre eles, quem pegava o melhor ponto, essas fofocas de feira.
- Observar os clientes: Reparava quem comprava o quê, quem pechinchava mais, os horários de pico.
Fiquei nessa ‘brincadeira’ por umas semanas. Levantava cedão, passava a manhã lá, voltava pra casa com um monte de anotação que nem eu sabia direito pra que serviria. Minha esposa já tava me olhando meio torto, achando que eu tava ficando maluco ou querendo virar feirante.
O mais engraçado foram as ‘curiosidades’ que eu descobri, bem no estilo do atletismo com suas regras específicas:
- Tinha o ‘rei do tomate’, um senhor que sempre chegava por último mas tinha a banca mais cheia e vendia tudo rapidinho. Ninguém entendia como.
- Descobri uma ‘guerra fria’ silenciosa entre dois vendedores de pastel por causa do ponto na esquina.
- Percebi que o preço do cheiro-verde variava dependendo do humor da dona da barraca.
No final das contas, o que tirei disso tudo? Bom, não montei nenhuma tese de mestrado sobre feiras livres. O caderninho tá guardado em alguma gaveta. Mas a experiência de mergulhar de cabeça em algo, observar os detalhes, a disciplina (mesmo que pra algo meio bobo), e descobrir as pequenas esquisitices do dia a dia… isso foi interessante.
Me fez pensar que essa busca por entender os ‘porquês’, essa dedicação quase obsessiva e as ‘curiosidades’ que a gente encontra no caminho, isso não tá só no esporte de alto rendimento. Tá em todo lugar, até na rotina de uma simples feira de bairro. É só a gente parar pra observar com um pouco mais de vontade, ou talvez, de maluquice mesmo.