Então, galera, hoje eu queria trocar uma ideia com vocês sobre uma parada que eu chamo de “super drafts”. Não é nada de outro mundo, nem fórmula mágica, mas é um jeito que eu encontrei pra tocar meus projetos e que tem me ajudado bastante.

Como eu comecei com isso?
Olha, pra ser sincero, essa ideia de “super drafts” surgiu meio que na marra. Eu sempre fui um cara que, quando pegava uma tarefa, queria fazer tudo de uma vez só, do começo ao fim, e já deixar tinindo. Sabe como é? Aquela ansiedade de ver o negócio pronto logo. Só que nem sempre a inspiração vinha na hora certa, ou então eu empacava em algum detalhe e ficava ali, batendo cabeça, perdendo um tempão.
Lembro de uma época que eu tava com um projeto pessoal, uma coisinha que eu queria muito tirar do papel. Mas toda vez que eu sentava pra começar, vinha aquela pressão: “tem que ser perfeito”, “não posso errar”. Resultado? Eu não escrevia uma linha, não desenhava um rabisco, não fazia nada. A folha em branco, ou a tela do computador, virava um monstro.
Aí um dia, de saco cheio dessa história, eu pensei: “Quer saber? Vou só jogar as ideias aqui, do jeito que vierem, sem me preocupar se tá bom, se tá ruim, se faz sentido”. E foi aí que o negócio começou a andar.
E na prática, como funciona esses “super drafts”?
Bom, o que eu faço é o seguinte: quando tenho algo pra criar, seja um texto, um plano de aula, até mesmo organizar as ideias pra uma reforma pequena em casa, eu divido o processo. Primeiro, eu faço um “despejo” de tudo.
Eu pego um caderno, ou abro um arquivo novo no computador, e começo a escrever tudo que me vem à cabeça sobre o tema. Não me preocupo com ordem, com gramática, com nada. É tipo um brainstorming só meu. Se for algo visual, eu rabisco sem medo de ser feliz, mesmo que o desenho pareça coisa de criança pequena.

Por exemplo, se preciso escrever um artigo, eu anoto:
- Ideias soltas que eu acho importantes.
- Palavras-chave que não podem faltar.
- Possíveis títulos, mesmo os mais malucos.
- Referências que eu preciso buscar depois.
- Qualquer coisa mesmo!
O importante nessa primeira etapa é não ter filtro. É botar pra fora. Às vezes saem umas coisas que não têm nada a ver, mas no meio delas, sempre tem algo que se aproveita. Eu chamo essa primeira leva de “rascunho zero” ou, se for bem bagunçado mesmo, “lixo aproveitável”.
Depois desse “despejo” inicial, eu deixo o material “descansar” um pouco. Dou uma volta, tomo um café, faço outra coisa. Quando eu volto pra ele, já olho com outros olhos. Aí sim, eu começo a organizar, a cortar o que não serve, a reescrever o que precisa, a conectar as ideias. É como se eu tivesse um monte de tijolo solto e agora fosse começar a construir a parede.
Esse “super draft” inicial me dá uma base, me tira da inércia. Mesmo que 80% do que eu joguei ali seja descartado depois, os 20% que sobram já são um ponto de partida muito melhor do que uma página em branco.
O que eu ganhei com isso?
Pra mim, a maior vantagem foi perder o medo de começar. Aquela angústia da primeira linha sumiu. Outra coisa boa é que, como eu não fico me cobrando perfeição logo de cara, as ideias fluem com mais liberdade. Muitas vezes, as melhores sacadas vêm justamente nesse momento de “despejo”, quando a mente tá mais solta.

E no final das contas, eu percebi que até economizo tempo. Parece estranho, né? Porque eu tô tipo “fazendo duas vezes”. Mas aquele tempo que eu perdia empacado, pensando no detalhe perfeito, era muito maior do que o tempo que eu levo pra fazer esse “super draft” e depois refinar.
Claro, cada um tem seu jeito de trabalhar, e o que funciona pra mim pode não funcionar pra todo mundo. Mas essa foi uma prática que eu desenvolvi no meu dia a dia e que tem me quebrado um galhão. É isso, gente. Espero que essa minha experiência possa, de repente, acender uma luzinha aí pra vocês também!