Olha, vou contar uma coisa que andei reparando esses dias, sobre o tal do Bernard e a namorada dele. Não é fofoca, viu? É mais uma observação minha, um exercício que fiz pra mim mesmo.

Tudo começou quando vi os dois juntos num café, semana passada. Sentei numa mesa meio de longe, esperando um amigo, e acabei prestando atenção neles sem querer. Sabe como é, né? A gente tá ali, meio à toa, e a vista alcança.
O Processo de Observação
Primeiro, notei a calma dele. A moça falava bastante, gesticulava, parecia meio agitada contando alguma coisa do trabalho dela, sei lá. E o Bernard? Só ouvindo. Mas não era aquele ouvir de quem tá viajando, pensando em outra coisa. Ele tava ali, presente, sabe? Olhando pra ela, balançando a cabeça de leve, fazendo umas perguntas curtas só pra mostrar que tava acompanhando.
Aí pensei: “Pô, quantas vezes eu já cortei alguém no meio da frase? Ou fiquei só esperando a minha vez de falar?”. Comecei a me analisar ali na hora. Foi quase um exercício prático de autoavaliação.
Depois, teve uma hora que ela derrubou um pouco de café na blusa. Ficou super sem graça, pedindo desculpa. A reação dele foi o que me chamou mais atenção. Ele não fez cara feia, não deu bronca, nada. Pegou um guardanapo, deu pra ela e falou algo tipo: “Relaxa, isso aí sai, acontece”. Deu um sorrisinho e mudou de assunto pra ela não ficar remoendo aquilo.
Isso me pegou. Lembrei de situações minhas, talvez não iguais, mas onde minha reação foi, digamos, menos… suave. A gente às vezes transforma um copo d’água numa tempestade, né?
Colocando em Prática (ou tentando)
Baseado nisso que vi, tentei fazer umas mudanças no meu dia a dia. É um processo, claro, ninguém muda da noite pro dia. Mas comecei a me policiar mais:
- Tentar ouvir mais, de verdade, sem ficar pensando na resposta enquanto a outra pessoa ainda tá falando.
- Respirar fundo antes de reagir a pequenos imprevistos ou “erros” dos outros (e meus também!).
- Ser mais paciente, principalmente com quem a gente gosta.
Não é que o Bernard seja perfeito ou o relacionamento deles seja um modelo. Longe disso. Cada um tem seus problemas. Mas aquele episódio específico, aquela interação que eu presenciei, me serviu de lição. Foi uma prática de observar e tentar absorver algo de bom.
No fim das contas, a gente aprende muito só de olhar ao redor, prestando atenção nas pequenas coisas. Essa foi minha “prática Bernard namorada”: observar uma dinâmica e refletir sobre como eu mesmo poderia agir diferente em situações parecidas. Foi simples, mas valeu a pena.