Então, tava aqui lembrando daquela vez que pirei com as Finais da ATP. Não lembro o ano exato, mas tava assistindo direto, né? Todo jogo, aquela tensão no ar, os caras jogando demais.
Aí me bateu uma coisa. Eu tava tomando um pau danado no clube aqui perto de casa. Saque dos caras vinha forte e eu não conseguia devolver nada que preste. Ficava só olhando a bola passar ou isolando. Uma beleza.
Vendo o Djokovic jogar naquelas Finais, o cara parecia uma parede devolvendo saque. Impressionante. Pensei comigo: vou tentar fazer igual. Que ideia de jerico, né? Mas na hora parecia genial.
A saga pra tentar devolver que nem o Djoko
Primeiro passo: arrumei um parceiro pra ir pra quadra comigo. Pedi pra ele sacar o mais forte que conseguisse, mirando em mim. A ideia era me acostumar com a velocidade, tentar bloquear a bola, sei lá.
Olha, vou te contar:
- No começo, era só raquetada no ar.
- Depois, a bola começou a pegar na raquete, mas ia pra tudo quanto é lado, menos pra quadra.
- Teve uma hora que a bola veio tão rápida que eu só consegui me encolher. Quase levei uma bolada na fuça.
Fiquei umas duas semanas nessa função. Ia pra quadra umas três vezes na semana só pra treinar devolução. Meu parceiro já tava de saco cheio de só sacar. Tive que pagar umas cervejas pra ele aguentar a marra.
O que eu percebi nesse processo todo?
Primeiro, que ver pela TV é uma coisa, fazer é outra completamente diferente. A velocidade da bola ao vivo é absurda. A força que tem que ter no braço, no pulso, no corpo todo pra estabilizar e direcionar a devolução… Esquece.
Segundo, que a técnica dos caras é de outro planeta. Não é só força, é o tempo de bola, a leitura do saque, o posicionamento. Tentei imitar o jeito que o Djokovic se mexia, dava aqueles passinhos curtos pra ajustar. Parecia um pato tentando dançar balé.
No fim das contas…
Melhorei alguma coisa? Sinceramente? Muito pouco. Talvez um pouquinho o reflexo, mas devolver saque que nem ele? Sem chance. Continuo tomando um calor no clube, mas pelo menos agora eu tento não ficar só olhando a bola passar.
Mas valeu a experiência. Deu pra suar a camisa e entender um pouco mais da dificuldade que é jogar naquele nível. Ver as Finais da ATP depois disso ficou até mais legal, dando mais valor pro que aqueles caras fazem. E claro, rendeu umas boas risadas lá na quadra com minhas tentativas frustradas.
